domingo, junho 08, 2008

Os novos "ouvidores do Reyno"...

Eu sacho piada. Julgam-se intocáveis. Vivem em palacetes, sem corte. Julgam-se uma espécie de "patriarcas" de regiões e/ou "educadores" da sua respectiva classe política, e das suas gentes. Não admitem a crítica, colocam-se em patamares mais elevados. Irritam-se facilmente, escrevem muito, cartas com queixas. Telefonam muito, para se queixarem. Ameaçam que vão bater com a porta, mas depois acalmam porque lhes espera uma refeorma que não querem, ainda. Não reconhecem razão, por mais pequena que seja, aos que ps criticam. Não respeitam a liberdade dos que os criticam. Para eles é tudo insulto! Optam agora por uma nova espécie de gentinha e por uma estratégia, que tem como protagonistas solícitos e submissos, uns tantos "ouvidores do Reyno" dos novos tempos,
que desta forma desenterram uma figura pitoresca, mas poderosa, dos tempos coloniais no Brasil. Só que se esqueceram de um "pormenor" aparentemente pouco importante: "O ouvidor ficava no Pelourinho e os homens bons - cerca de dez ou 15 - vinham declarar a sua escolha, falando no ouvido do ouvidor". O ouvidor tinha que ser um homem muito correto, porque senão ele poderia deturpar o resultado". Mais: "Em 1534, foi instaurado no Brasil o regime de governo das capitanias hereditárias, mediante cartas de doação. Neste sistema, o donatário exercia toda jurisdição cível e crime, por si ou pelo ouvidor por ele nomeado, podendo erigir vilas com seus termos, criar e prover os lugares de tabeliães e oficiais de justiça. Os juízes das vilas tinham alçada nos respectivos termos, de acordo com as ordenações; fora desses limites, as acções, bem como as apelações e agravos, passavam à alçada do ouvidor, no cível. Nas questões criminais, a alçada era da jurisdição conjunta do capitão-mor e do ouvidor". Fiquemos por aqui.

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