segunda-feira, junho 02, 2008

Crise: "tempestade" ameaça aviação comercial

Os efeitos da crise não poupam a aviação comercial, como aliás era previsível:
- IATA considera que crise dos combustíveis poderá levar a grandes mudanças no sector da Aviação - Segundo o jornalista Pedro Duarte do Diário Económico, "a Associação Internacional dos Transportes Aéreos (IATA) apelou aos governos, às empresas parceiras das transportadoras e aos trabalhadores do sector para que tomem uma atitude para solucionar a crise dos combustíveis, que está a levar as companhias aéreas a registarem prejuízos.Segundo um relatório hoje divulgado pela IATA, esta prevê que em 2008 as transportadoras aéreas registem um prejuízo de 2,3 mil milhões de dólares (1,47 mil milhões de euros), assumindo que o preço médio do barril de Brent (petróleo de referência na Europa) seja de 106,5 dólares. A associação avisa mesmo que as perdas deste ano poderão ser bastante mais elevadas, potencialmente na casa dos 6,1 mil milhões de dólares (3,92 mil milhões de euros), se os preços do petróleo rondarem os 135 dólares por barril até Dezembro.Recentemente, o director-geral da IATA, Giovanni Bisignani, afirmou que "nos últimos 60 anos, a indústria [dos transportes aéreos] registou receitas de 11,5 biliões de dólares (7,39 biliões de euros), mas lucros de apenas 32 mil milhões de dólares (20,5 mil milhões de euros). A margem média para a totalidade do sector é de apenas 0,3%. E este tem dívidas no montante de 190 mil milhões de dólares (122,2 mil milhões de euros)";
- Easyjet espera onda de falências de companhias aéreas europeias - O mesmo jornalista do DE noticia ainda que o CEO da subsidiária alemã da transportadora Easyjet "acredita que o preço elevado do petróleo vai levar a uma "onda de falências" no sector aéreo e "só cinco companhias de primeiro plano" europeias sobreviverão, entre as quais a própria Easyjet.Em entrevista concedida ao jornal alemão 'tagesspiegel', e citado pela agência Lusa, John Kohlsaat afirmou que "muitas companhias aéreas vão falir na Europa"."Em teoria, 50 [companhias aéreas] estão ameaçadas. Depois do processo de reestruturação, permanecerão cinco companhias de primeiro plano: British Airways, Air France/KLM, Lufthansa, Ryanair e nós", acrescentou.Para Kohlsaat, "muitas companhias já estão afectadas na sua rentabilidade desde há um certo tempo. Deslizam no vermelho. A questão é de saber quanto tempo vão ainda aguentar".Este responsável sublinhou que a Easyjet, contrariamente a outras companhias, é "muito eficiente. É o nosso modelo comercial";
- Este tema é igualmente noticiado pelo Publico, com base num despacgho da lusa: "O preço elevado do petróleo vai provocar uma onda de falências no sector aéreo e "só cinco companhias de primeiro plano" europeias sobreviverão, entre as quais a Easyjet, afirma o patrão do ramo alemão da Easyjet numa entrevista publicada hoje no jornal alemão "Tagesspiegel". "Muitas companhias aéreas vão falir na Europa", antecipa John Kohlsaat ao jornal de Berlim. "Em teoria, 50 [companhias] estão ameaçadas. Depois do processo de reestruturação, permanecerão cinco companhias de primeiro plano: British Airways, Air France/KLM, Lufthansa, Ryanair e nós", acrescentou. "Muitas companhias já estão afectadas na sua rentabilidade desde há um certo tempo. Deslizem no vermelho. A questão é de saber quanto tempo vão ainda aguentar", considerou Kohlsaat. Contrariamente a outras companhias, julgou, "somos muito eficientes. É o nosso modelo comercial". "Temos fracas durações de trajectos, com a melhor utilização possível de aparelhos e custos administrativos fracos. E uma frota muito jovem", pormenorizou Kohlsaat, sublinhando que "um novo Airbus consome menos 20 por cento de querosene do que um velho Boeing-737";
- Fim do bilhete de avião dá 2 mil milhões de ganho - Li hoje no DN de Lisboa, um texto da jornalista Leonor Matias, segundo a qual "os bilhetes de avião em papel vão deixar de ser emitidos a partir de hoje. As companhias-membros da IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) passarão apenas a utilizar bilhetes electrónicos. Entre as 240 companhias inscritas na IATA, responsáveis por 94% do tráfego aéreo mundial, encontra-se a TAP, que desde finais do ano passado já emite 98% dos bilhetes por via electrónica. Desde 01 de Junho, disse fonte da companhia aérea ao DN, com a integração das rotas para "São Tomé e Bissau, a TAP fica com 100% de bilhetes electrónicos". Num comunicado emitido ontem, a IATA revela que esta medida vai permitir "uma poupança para o sector da ordem dos 2,2 mil milhões de euros anuais, ao mesmo tempo que evitará o abate de 50 mil árvores". Sem suporte de papel, os bilhetes electrónicos consistem num documento armazenado em computador, que permite que os passageiros usem um único bilhete para itinerários que incluam viagens em duas ou mais companhias aéreas diferentes. Os passageiros podem adquirir os bilhetes electrónicos nas reservas feitas na internet (nos sites das companhias) ou numa agência de viagens, recebendo um recibo da reserva, que será enviado por email, correio ou fax. Os bilhetes em papel existem desde 1920";
- IATA prevê fortes prejuízos para o sector da Aviação em 2008 - Garante o jornalista Pedro Duarte do Diário Económico que "a Associação Internacional dos Transportes Áereos (IATA) anunciou hoje ter revisto em baixa significativa as suas previsões financeiras para o sector, sendo agora esperado que este registe um prejuízo de 2,3 mil milhões de dólares (1,47 mil milhões de euros), caso o preço médio do barril de Brent (petróleo de referência na Europa) seja de 106,5 dólares, contra a anterior expectativa de um lucro de 4,5 mil milhões de dólares (2,89 mil milhões de euros).Segundo afirmou o director-geral da IATA, Giovanni Bisignani, "por cada dólar que sobe o preço do barril de petróleo, os nossos custos aumentam em 1,6 mil milhões de dólares (1,02 mil milhões de euros)", sendo que é esperado que o custo total do combustível para o sector da Aviação ascenda em 2008 aos 176 mil milhões de dólares (113,1 mil milhões de euros), representando 34% dos custos operacionais das transportadoras, e contra os 136 mil milhões de dólares (87,4 mil milhões de euros) registados em 2006.Este responsável sublinhou também que em 2002, os custos totais das companhias aéreas com os combustíveis foram de apenas 40 mil milhões de dólares (25,7 mil milhões de euros), representativos de apenas 13% dos seus custos operacionais". Leia aqui o press-release da IATA. Por outro lado é esta organização quem confirma que se tem registado um decrécimo no sector, conforme informação que pode serl lida aqui mas de uma forma mais clara aqui. Já agora, e tendo a IATA como fonte, veja uma informação sobre o sector e o combustível, aqui ou outra sobre os resultados operacionais, aqui.

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