domingo, maio 04, 2008

PSD: "Passos Coelho pede contas transparentes nas directas"

Este é o título de um texto publicado hoje no DN de Lisboa, da autoria do jornalista Francisco Almeida Leite, segundo o qual "a candidatura de Pedro Passos Coelho não gostou das insinuações de Manuela Ferreira Leite, ontem numa entrevista ao semanário Expresso, e desafia os seus adversários a mostrarem as suas fontes de financiamento e a forma como irão controlar os gastos de campanha. Ao DN, fontes da candidatura de Passos Coelho revelam a forma encontrada para colmatar aquilo que é uma lacuna na lei de financiamento dos partidos políticos, que não permite à Entidade das Contas, que está na órbita do Tribunal Constitucional, a fiscalização de campanhas internas, como é o caso das eleições directas para a liderança do PSD. Assim, a candidatura do antigo deputado constituiu, no passado dia 28 de Abril, a "Associação - Construir Uma Alternativa", que foi até registada num cartório notarial de Lisboa e recebeu a identificação NIPC 508572363.Os estrategas da campanha de Passos Coelho dizem, em declarações ao DN, que "esta é a única forma de nos certificarmos de que o dinheiro, que não é muito, ao contrário do que diz nessa entrevista a dra. Ferreira Leite, de que há um registo e uma autofiscalização dos donativos". A associação, iniciativa inédita em campanhas internas no PSD ou noutros partidos, é presidida pelo director nacional da campanha de Passos Coelho, Paulo Coelho, e tem a sua base no Campo Grande, 388, em Lisboa, o mesmo local da sede da candidatura.Entre as tarefas que cabem à associação está a organização da estrutura de campanha, receber e inscrever os donativos, controlar as despesas necessárias e, depois de 31 de Maio, tornar pública toda a sua actividade e revelar um relatório de contas". Passos Coelho - que hoje recebeu o apoio do deputado Agostinho Branquinho - tem que perceber uma coisa importante, em vez de andar a perder tempo com as tontices ditas pelas outras candidaturas: o processo de eleição dos delegados ao Congresso é fundamental, tão importante como as "directas" porque em caso de insucesso nestas, Passos Coelho pode (e deve) liderar uma lista de candidatos ao Conselho Nacional e a todos os órgãos a serem eleitos em Congresso. Ou seja, Passos Coelho tem que ser eleito porque não pode ficar mais tempo fora da actividade partidária activa. Se se preocupar com as tontices de outros, se andar a "caçar" barões, condes, viscondes e condessas, de se deixar iludir com colagens oportunistas, Pedro Passos Coelho vai sofrer com isso, será penalizado. A mudança que ele representa e que o PSD precisa - uma mudança que tem que ser feita nem que à "cacetada"... - não pode ser feita com caras do passado ou incompetentes.

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