terça-feira, abril 01, 2008

A Madeira e a SATA

No passado domingo, no Aeroporto de Lisboa, três ligações da TAP para o Funchal, depois das 21 horas, tinham em média um atraso de cerca de uma hora. Um voo para o Porto Santo saíu com 30m. No Porto, a ligação da noite, feita a partir de Paris com escala no Norte. chegou ao Funchal com 45m de atraso. Dirão alguns que o movimento de passageiros era demasiado. Pois era. Final de férias, regresso de docentes continentais que exercem actividade na Madeira, turistas, início de uma semana de férias que "apanhará" a Festa da Flor, etc. A TAP dirá que são "razões operacionais", ou nada diz. Razões operacionais porquê? Porque os aparelhos (os tais voos "directos"...) vem de cidades europeias, escalam Lisboa e seguem para o Funchal. Como o espaço aéreo europeu anda complicado, eis os atrasos. Neste contexto - embora o DN local de hoje tenha referido, num texto do jornalista Óscar Branco, que o "Governo Regional admite que a criação de uma SATA Madeira é uma hipótese que já foi abordada em reuniões mantidas entre membros dos dois Executivos mas que até à presente data não se verificou qualquer evolução, nem tão pouco foi apresentada uma proposta concreta nesse sentido. "Quer na reunião entre os Presidentes dos Governos Regionais dos Açores, quer em posteriores contactos entre membros dos dois Governos, do lado do Funchal, ficou-se com a ideia de que haveria hipótese de explorar o assunto", explica uma nota ontem enviada pela Presidência do Governo" - confesso um adepto incondicional de contactos mais regulares e mais concretos entre as duas regiões com vista à criação de mecanismos de cooperação no domínio dos transportes aéreos que ultrapassem muitas lacunas. Não sei, é verdade, onde vai a nossa Região encontrar recursos financeiros para se envolver num projecto dessa natureza, e porventura residirá aqui o principal obstáculo. Mas pode-se ir construindo, passo a passo, um projecto empresarial comum e sustentável, a ser implementado quando existirem condições para tal. Porque não se iludam - embora se trate de uma questão com outra natureza: não serão as "low cost" que vão resolver os problemas existentes na linha Funchal-Lisboa-Funchal. Esqueçam. Basta ver as pressões surgidas, com o operador italiano que viaja para o Porto Santo e com a anunciada intenção (?) da British Airways de retomar ligações para o Funchal quando soube do entendimento estabelecido entre a Madeira e a operadora de baixo custo "Easyjet"...

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