terça-feira, março 18, 2008

"Low cost" milagreiras... (II)

Quanto ao impacto do turismo italiano no Porto Santo, e utilizando uma vez mais o texto do jornalista Miguel Cunha do DN local, destacarei a seguinte passagem: "O Hotel Vila Baleira é o que mais tem investido nos italianos, efectuando descontos de 50% sobre o preço contratado (70 a 90 euros por quarto). Feitas as contas, terá investido perto de meio milhão de euros; Com 312 quartos, o hotel do Grupo Ferpinta tem vendidos aos italianos 125, que garantem uma ocupação média de 40% no Inverno. A taxa de ocupação média por cama nos hotéis da ilha, entre os meses de Novembro e Março, é de 21%; Todas as quintas-feiras desembarcam na ilha cerca de 100 a 130 italianos. Mas o ano passado houve semanas que registaram a entrada de 360; Os 42 mil italianos que visitaram a ilha desde 2005 pagaram 294 mil dormidas; Os italianos de I Viaggi di Atlantide promoveram a vinda ao Porto Santo de mais de meia centena de agentes por ano, tendo investido - segundo dizem - mais de um milhão de euros na promoção da ilha na televisão (RAI), jornais e revistas e junto dos agentes de viagem; O afretamento do avião poderá custar 50 mil euros por viagem; A ANAM tem vindo a atribuir um incentivo de 4,8 euros por passageiro desembarcado.
25% das receitas

No Inverno os italianos valem ouro. Porque não há outros turistas na ilha. Para os hotéis mais vale cobrar 40 euros por noite do que não ter ninguém. Mas é evidente que os italianos ao comprarem um pacote de uma semana por 455 euros - viagem de avião+alojamento com meia pensão (sete noites) - não estão a dar uma grande margem de lucro ao hotel. Ainda assim, a receita das dormidas dos italianos representa 3,3 milhões de euros/ano e 8 milhões nos últimos três anos, pelo que o mercado italiano garante 25% das receitas turísticas totais, um valor que não é despeciente. Para além da receita arrecada pelos hotéis e pela ANAM (200 mil euros), bares, restaurantes e algum pequeno comércio dependem, nos chamados meses negros - Novembro, Dezembro, Janeiro, Fevereiro e Março - destes turistas italianos que trazem à ilha um movimento até então nunca visto”.

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