segunda-feira, março 17, 2008

Aeroportos: três bancos compram 50% da Groundforce

Revela hoje o Diário Económico" num texto da jornalista Cátia Simões, que "representantes espanhóis do grupo Globalia reúnem-se hoje com o Banco de Investimento Global (BIG), Banif e Banco Invest para fechar a venda da participação de 50,1% do grupo espanhol na empresa de ‘handling’ Groundforce.Para trás na corrida ficou um consórcio constituído pelo BES e Millennium bcp, disse ao Diário Económico fonte financeira ligada ao processo. Os dois bancos apresentaram uma proposta de compra conjunta, recorrendo às empresas de capital de risco que ambas detêm, mas apenas estavam interessados em ficar com o parqueamento das acções se a operação incluísse igualmente um mandato para a venda da posição. No entanto, a TAP preferiu manter em aberto o direito de escolha do banco que irá mais tarde, vender a posição de controlo na Groundforce.Por isso mesmo, a companhia aérea escolheu o BIG – que já foi seu parceiro na White e na compra da PGA –, o Banif e o Banco Invest (antigo Banco Alves Ribeiro). As comissões e ‘success-fees’ dos mandatos de venda são mais atractivas para os bancos do que o parqueamento de acções, um serviço considerado pouco ‘sexy’.Tipicamente, nestas operações, os bancos financiam as acções mas a empresa deposita a quantia em causa como colateral para salvaguardar qualquer tipo de risco. Recorrer a uma instituição financeira foi a forma mais eficaz que a TAP encontrou para resolver a venda. Assim, a companhia aérea terá poder de decisão na gestão da empresa, já que o interesse dos bancos na operação é da perspectiva do negócio. Por outro lado, TAP e Globalia queriam resolver a questão o mais rapidamente possível, sendo que um parceiro financeiro seria sempre encontrado com mais facilidade que um parceiro empresarial.O negócio, avaliado em 30 milhões de euros, põe fim a um diferendo de mais de um ano entre a TAP e a Globalia, accionistas da empresa de assistência em terra. A prova de que ambas as empresas tinham uma visão diferente para a Groundforce tornou-se pública com o diferendo sobre a não recondução de Ângelo Esteves, o administrador-delegado da empresa. A partir daí as relações entre os accionistas azedaram, até porque TAP e Globalia tinham prioridades diferentes. Para a companhia de bandeira, era essencial melhorar a qualidade de serviço no aeroporto de Lisboa. A Globalia, por outro lado, queria focar-se na internacionalização da empresa". Leia aqui.

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