Opinião: "A independência de um Estado artificial"
Segundo escreveu recentemente Isabel Meireles no "Jornal de Negócios", "estive apenas há alguns meses na Sérvia, mais concretamente em Belgrado, onde a reacção do motorista do táxi que apanhei no aeroporto para me levar até ao meu hotel no centro da cidade foi absolutamente elucidativa. Possuidor de um bom domínio do inglês, depressa entabulou comigo uma conversação que, em quase toda a parte do mundo, é comum a este tipo de categoria profissional e que azedou quando eu, inocentemente, coloquei a anódina questão, pensava eu, da situação do Kosovo. A partir daí o diálogo degenerou em monólogo pontuado por uma violência verbal, que presumia outras violências, contra uma minoria albanesa que queria usurpar o coração da Sérvia. Esta reacção do dito homem da rua, cidadão comum, fez-me, desde então, dar mais atenção à problemática da independência que, entretanto, se ia desenrolando paulatinamente nos factos políticos que antecediam aquela declaração".
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