Com o título “Em defesa de AJJ” escreveu o deputado socialista sr. Carlos Pereira no seu blogue, comentando um comentário meu, o seguinte: “O Luís Filipe Malheiro (LFM) vem, como é o seu costume, (e atenção que não vejo mal nenhum nesta atitude) defender AJJ e falar em manipulação. A questão é quem manipula quem? Pelo amor de Deus!Quanto a querer partidarizar as questões relacionadas com a transparência, prefiro lembrar ao LFM que são os políticos que devem criar condições para garantir que a democracia funcione de forma adequada e, para isso, é fundamental contribuir para que um dos pilares principais de um estado democrático dê o contributo adequado: a justiça. é nesse contexto que me coloco e não tenho nem reservas nem hesitações. É óbvio que AJJ tem responsabilidades políticas em tudo o que se passa na Região. Não é ele "dono e senhor" de (quase) tudo. Até das consciências de muito boa gente? Mas, no que respeita à circunstância da corrupção não estar toda no PSD e alguém querer fazer crer que nos outros partidos é tudo transparência e clareza, concordo com LFM: até porque a ética, a educação e a lisura não é uma matéria partidária mas de consciência. Contudo, é preciso reconhecer que neste sistema de 30 anos tem prevalecido princípios contrários a estes que acabei de referir. Digamos que aqueles que praticam e defendem estes princípios (além da liberdade de expressão, do direito à participação cívica...) no PSD têm perdido a batalha interna... Também é verdade que esta temática é bem mais complexa do que parece e o LFM sabe disso”. Sobre isto limito-me a dizer o seguinte: o sr. Deputado do PS tem o direito e a liberdade de pensar como pensa, de dizer o que entende, de ter uma opinião. Eu tenho exactamente os mesmos direitos. Nada nos obriga a pensarmos da mesma forma sobre esta ou qualquer outra matéria. Mantenho rigorosamente o que escrevi e já percebi que, com algumas nuances (as de ter esclarecido algumas “pontas”) o sr. Deputado CP acaba por não alterar nada do que antes disse. Quanto à defesa que faço de AJJ é uma questão de opção pessoal, que decorre do facto de se tratar de uma pessoa que conheço há 30 anos, que sei que é séria, que sei que muito fez e faz pela Madeira, que sei que alguns utilizam abusivamente o seu nome e que tem sobretudo direito a defender-se quando for injustamente atacado. Pode estar certo o sr. Deputado CP que sou um incondicional de Alberto João Jardim (de mais ninguém), pela amizade e por questões políticas de princípio, e agradeço o facto do sr. CP não ver qualquer problema nessa minha atitude. Registo, finalmente, a forma calma como conseguimos estabelecemos este diálogo, apesar de estarmos obviamente em pólos diferentes, e que nada tem a ver com algum radicalismo que, de quando em vez, e surpreendentemente, noto no sr. deputado Carlos Pereira.
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