quarta-feira, junho 06, 2007

Endividamentos de particulares e empresas é já quase o dobro do PIB em Portugal

Vale a pena ler e reter esta notícia da Lusa:
"A divida total das empresas e dos particulares em Portugal aumentou no ano passado e já representa quase o dobro da riqueza produzida por ano, segundo dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal. Segundo o Relatório de Estabilidade Financeira de 2006, a dívida conjunta de empresas e particulares cresceu sete pontos percentuais, para 193 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). A dívida dos particulares atingiu um nível correspondente a 88 por cento do PIB e a 124 por cento do seu rendimento disponível, traduzindo um aumento de cinco pontos percentuais, no primeiro caso, e de sete pontos percentuais, no segundo. Para o Banco de Portugal, “o elevado nível de endividamento dos particulares constitui uma vulnerabilidade relevante para a economia portuguesa, sobretudo num contexto de aumento das taxas de juro e de uma melhoria ainda incipiente da situação no mercado de trabalho”. A instituição liderada por Vítor Constâncio diz, também, que a subida das taxas de juro terá contribuído para limitar o crescimento das despesas de consumo e em habitação das famílias, assim como um abrandamento do crédito à habitação.
Dívida das empresas aumentou menos
Do lado das empresas, a dívida aumentou dois pontos percentuais, para 105 por cento do PIB. Diz o banco de Portugal que o crescimento do endividamento dos particulares e empresas junto do sistema bancário português tem-se traduzido numa deterioração significativa da posição de investimento internacional da economia portuguesa, em particular da dívida externa líquida. Em consequência das elevadas necessidades de financiamento do sector privado, o saldo de crédito originado pelo sistema bancário e que não é financiado junto de clientes passou a representar quase metade de depósitos captados junto do público no final de 2006. No entanto, no decurso de 2006, a rendibilidade do sistema bancário manteve-se elevada e até reforçou a sua solvabilidade.
FMI recomenda vigilância do endividamento
Em Portugal, o sistema bancário assegura uma grande parte do financiamento obtido pelo sector privado não financeiro e recolhe uma boa parte da poupança financeira acumulada pelo público. O Banco de Portugal refere no seu relatório uma avaliação ao sistema financeiro feita em 2006, em Portugal, pelo FMI que concluiu que “o enquadramento regulamentar português é sólido e altamente concordante com os padrões internacionais”. O relatório feito então pelo FMI concluiu que a supervisão das instituições financeiras feita pelo Banco de Portugal “é activa, profissional e bem organizada” e reconheceu que o sistema bancário português “é robusto, bem gerido e competitivo”. Relativamente aos riscos de crédito o FMI recomendou especial vigilância aos níveis de endividamento das famílias e das empresas
".
Crise? Qual crise?! É tudo invenção...

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