Nas eleições regionais de 2004, a abstenção nos Açores situou-se nos 44,8%, contra 39,5% na Madeira. Um dado que as pessoas desconhecem e que os socialistas não falam - eles que se fartam de falar na governação dos Açores, como se se tratasse de algo de "exemplar" - propositadamente "branqueiam" (foi com o PS que a abstenção nos Açores começou a crescer).
Vamos a outras curiosidades:
- Nas regionais de 2004, no caso dos 68 deputados da Madeira, cada deputado eleito correspondeu a 3.349,6 eleitores inscritos (227.774) e 2.025,5 eleitores votantes (dos 137.734). Nos Açores, cada um dos 52 deputados eleitos, correspondeu a 3.675,5 eleitos (dos 191.127 inscritos) e a 2.029,9 eleitores votantes (105.556). Na Assembleia da República, cada um dos 230 deputados eleitos em Fevereiro de 2005 corresponde a 39.889,1 eleitores inscritos (8.944.508) e a 24.990,6 eleitores votantes (5.747.834).
- A alteração da lei eleitoral regional na Madeira reduziu de 68 para 47 deputados. A alteração da lei eleitoral dos Açores - onde existem 9 circulos eleitorais, cada um correspondente a uma ilha - praticamente manteve os deputados eleitos em 2004 (52), manteve a correspondencia entre cada mandato regional e os 6.000 eleitores e/ou fracção de 1.000 eleitores (por causa das Flores e Corvo) e ainda por cima criou um chamado círculo de compensação regional que elege 5 deputados, destinado a impedir o "desaproveitamento" de votos. O que é este "desaproveitamento" de votos? Eu dou um exemplo para que se perceba: imaginemos, apenas por exemplo, que no Porto Santo o CDS tinha 200 votos, o PCP 100 e o Bloco de Esquerda 50 e que nenhum deles elegeu deputados; imaginemos que juntávamos o concelho do Porto Moniz onde o PS tinha conseguido 1000 votos, contra 250 votos do CDS, 100 do PCP e 50 do Bloco de Esquerda e que também nenhum deles elegia deputados, estes votos "desaproveitados" passam a ser contabilizados todos no tal círculo de compensação onde os mandatos são apurados pelo método de Hondt.
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