Noticia o Publico de hoje, num texto do jornalista Sérgio Aníbal que "pela primeira vez, os títulos a 10 anos superaram barreira dos 14%. Nestas condições, regresso em força de Portugal aos mercados mantém-se para já apenas uma miragem. Portugal foi o país da zona euro onde as taxas de juro da dívida pública mais subiram desde a passada sexta-feira, o dia em que os ratings de nove países foram cortados e em que os credores privados da Grécia anunciaram a suspensão das negociações com Atenas para uma reestruturação voluntária da dívida.Os juros exigidos no mercado secundário por títulos de dívida pública portuguesa a 10 anos atingiram ontem um novo máximo histórico, quebrando pela primeira vez a barreira dos 14%. Entre sexta-feira e ontem, este indicador subiu 1,94 pontos percentuais, um acréscimo mais elevado do que aquele que aconteceu para os títulos a 10 anos gregos, que subiram 1,90 pontos. Nos outros três países mais afectados nesta crise da dívida soberana do euro - Irlanda, Itália e Espanha - registaram-se, desde sexta-feira, descidas das taxas de juro praticadas nas obrigações a 10 anos.Nos prazos mais curtos, Portugal também sofreu subidas significativas das taxas, durante os dois primeiros dias desta semana. Nos títulos a cinco anos, passou-se de 11,49% para 15,79%. E a seis meses, de 5,26% para 5,77%. Tudo isto são sinais de que os investidores ficaram nos últimos dias mais desconfiados da capacidade futura de Portugal para amortizar a sua dívida. E estes sinais surgem na véspera de o país realizar mais uma pequena incursão nos mercados. Hoje, realizam-se três emissões - a três, seis e onze meses - sendo a primeira vez que o Estado português arrisca, desde que recorreu à ajuda externa, uma operação por prazo superior a meio ano. Ainda assim, estas emissões representam apenas uma pequena parte do financiamento do Estado. A grande maioria do crédito continua a vir dos parceiros da zona euro e do FMI. A manutenção das taxas de juro praticadas pelos mercados a níveis tão elevados significam, contudo, que continua a ser impossível Portugal pensar em libertar-se do apoio financeiro da troika, algo que está programado para o final de 2013". O meu único comentário é este: ponham-se a brincar com coisas sérias e depois queixem-se?
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