sexta-feira, abril 18, 2008

Crise no PSD: não falarei em AJJ (I)

Ao contrário dos meus colegas de partido que já o fizeram - e respeito muito a sua opinião - da minha parte não ouvirão qualquer apologia da candidatura de Alberto João Jardim ao PSD nacional. Em primeiro lugar porque não sei se ele quer; em segundo lugar, porque não sei se existem condições num PSD nacional armadilhado - e de que maneira! - para que uma pessoa com as características de Alberto João Jardim, que nada tem a ver com o politicamente correcto (incluindo a palhaçada de pactos de regime que se fazem e se desfazem mais rápido que os golos que o Benfica foi embrulhando no jogo com o meu Sporting há dias em Alvalade...) possa reunir apoios junto das bases continentais do partido, pois teria que fazer campanha eleitoral; em terceiro lugar porque o PSD da Madeira, saído de um Congresso Regional, não está em condições, nem coisa que se pareça,para se ver privado de Alberto João Jardim tão abruptamente; em quarto lugar existem compromissos políticos,envolvendo a Madeira, até 2011, que pela transcendência,só serão materializáveis com AJJ na liderança do PSD e do Governo Regional; em quinto lugar porque há claramente a esboçar-se uma tentativa de elevar ao "altar dos deuses" uma candidata que, mantendo algum apoio e prestígio no seio do partido (embora dele se tenha distanciado um pouco nos últimos tempos), beneficiará, caso se confirme notícias hoje publicadas, da conjugação de uma pretensa ligação pessoal e política (a quem será?) natural e legítima, que o partido,nesta fase complicada em que se encontra, dificilmente (porque não lhe interessaria abrir outra frente) poderia contrariar; finalmente,em sexto lugar, porque gosto de ser pragmático, realista, por vezes excessivamente realista, o que nada tem a ver como que eu penso de João Jardim e do seu papel no PSD nacional.

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