sábado, abril 19, 2008

Como é que ainda há gente que acha que isto é que é bom?

Segundo a jornalista do Correio da Manhã, Sabrina Hassanali, que "Nojud Mohammad Ali é uma menina iemenita com apenas oito anos que foi obrigada a casar-se com um homem de trinta. Dois meses e meio depois de ter sido forçada a manter relações sexuais, sob agressão, com o marido, fugiu de casa e conseguiu chegar a um tribunal da capital, Saná, onde pediu ajuda para se divorciar. O juiz Mohammad al-Qadi pôs fim ao casamento. "O meu pai bateu-me e disse-me que tinha de casar-me com este homem e que se não o fizesse seria violada e não haveria lei que me ajudasse", contou a corajosa menina ao jornal ‘Yemen Times’. "Depois de ca-sada, supliquei ao meu pai e à minha mãe que me ajudassem a pedir o divórcio, mas eles responderam-me que nada podiam fazer por mim, que fosse a um tribunal. Foi o que fiz." O juiz al-Qadi mandou deter o pai e o marido, apesar de estes não terem cometido qualquer crime à luz das leis do país. Perante o tribunal, o pai justificou que decidira casar a menina cedo porque tinha medo de que fosse raptada como uma irmã mais velha, mas jurou que ela consentira. Por sua vez, o marido, Faez Ali Thameur, admitiu que o casamento fora consumado mas negou que lhe tivesse batido. O juiz pôs fim ao casamento e ordenou à família o pagamento do equivalente a 158 euros de compensação ao marido. Preferiu esta solução ao divórcio, porque neste último caso o marido poderia tentar reatar o matrimónio. Após a sentença o pai foi libertado por razões de saúde e o marido continua detido. Nojud está com um tio, com quem ficará até ser integrada num centro. "Posso voltar à escola", comentou, feliz". No mesmo jornal, o jornalista Ricardo Ramos tinha abordado o assunto.
Embora matéria diferente, mas no fundo associada, refira-se que a RTP revelou que a "Escravatura infantil apanha um milhão e 200 mil crianças: em certos países africanos a situação é "fomentada" pelo culto religioso. Muitas crianças são entregues pela família a mestres espirituais para aprenderem a religião islâmica, mas ficam presas a uma rede de escravatura. Veja aqui o video da notícia deste drama impressionante. Preocupante foi a notícia hoje divulgada na imprensa mundial que "as Nações Unidas alertaram que terão de retirar a ajuda a 100 mil crianças se não receberem 500 milhões de euros para combater o aumento dos preços dos alimentos, noticia hoje o jornal espanhol El País. A directora do Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU Josette Sheeran, assegurou sexta-feira em Washington que o pedido de 500 milhões de euros que fizeram em Março aos países doadores para manter os projectos tornou-se insuficiente para fazer face às últimas subidas do preço dos alimentos. Numa intervenção no Centro de Estudos Internacionais e Estratégicos, a responsável explicou que devido ao aumento do preço do arroz (75 por cento em dois meses) e do trigo (120 por cento num ano), o Programa Mundial de Alimentos comprou menos 40 por cento dos alimentos necessários. Para Josette Sheeran, a escalada dos preços deve-se à subida do valor do petróleo, que encarece os fertilizantes e os custos dos transportes, ao «boom» dos biocombustíveis e às alterações climáticas, que causam inundações e secas. A responsável alertou que em África «muitos agricultores estão a plantar menos porque não podem pagar os fertilizantes». Isso significará menos colheitas e o continente ficará mais vulnerável à fome, acrescentou".

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