quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Pacheco: "A redução da política à mera comunicação e ao marketing destrói os partidos"

Eu concordo embora ache que os partidos vão ter que mudar muito, desde as atitudes ao modelo de organização e funcionamento, caso não queiram "desaparecer" por falta de militantes. Segundo escreve a jornalista Filomena Fontes, do "Publico", citando Pacheco Pereira, "detestável, absolutamente detestável". Eis como Mário Soares olha para o exercício da política reduzida ao marketing, submergida por lógicas mediáticas que leva políticos a tornarem-se actores, trocando de papéis à medida de interesses conjunturais. "Isso pode pôr em perigo a nossa democracia", avisava o antigo Presidente da República. "A redução da política à mera comunicação e ao marketing destrói os partidos", vaticinara, pouco antes, Pacheco Pereira, para quem o PSD "deve falar com os portugueses de forma límpida", mostrando que "governar com pessoas de plástico, sem espessura ideológica", não serve para resolver os problemas do país. Num tempo em que a transformação do PSD num partido-empresa, preconizada por Luís Filipe Menezes, se conjuga com polémicas sobre assessorias de comunicação dando lastro a "telenovelas venezuelanas" (como ironizou Menezes), a evocação de Sá Carneiro, anteontem à noite em Braga, trouxe para o centro do debate o percurso de vida e o carácter do fundador do partido, os ideais e os valores da social-democracia".

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