Construção de gasoduto no Báltico preocupa Europa
"O projecto de construção de um gasoduto entre a Rússia e a Alemanha através do Mar Báltico foi tema de duas petições apresentadas ao PE. Os autores das petições, de origem polaca e lituana, recolheram dezenas de milhares de assinaturas, expressando as suas preocupações relativamente ao impacto ambiental do gasoduto e ao respeito pelas normas ambientais. No passado dia 29 de Janeiro a Comissão das Petições organizou uma audição sobre este tema que contou com a participação de diversos peritos. O gasoduto, que pretende ligar Vyborg (Rússia) a Greifswald (Alemanha) através do Mar Báltico, terá 1.200 quilómetros de extensão e será um dos maiores gasodutos subaquáticos do mundo. Trata-se de um dos projectos prioritários do programa de redes transeuropeias de energia da Comissão Europeia. A empresa encarregada do projecto, a Nord Stream AG, conta com a representação das empresas Gazprom (Rússia), BASF e E.ON (Alemanha) e Gasunie (Países Baixos). Problemas ambientaisO Mar Báltico enfrenta diversos problemas ambientais: poluição, pesca intensiva, baixa profundidade (cerca de 50 metros) e uma lenta regeneração das águas. A tudo isto acresce ainda o legado da 2ª Guerra Mundial, materializado em toneladas de armas químicas, substâncias tóxicas e resíduos nucleares. Nas petições apresentadas ao Parlamento Europeu, Krzysz Mączkowski (Polónia) e Radvilė Morkūnaitė (Lituânia) solicitam uma avaliação do possível impacto ambiental do gasoduto e pedem à Nord Stream que estude a viabilidade de um gasoduto terrestre. De acordo com o perito Keith C. Shmit, do Centro de Estudos Internacionais e Estratégicos, a solução aquática é três vezes mais cara do que a solução terrestre". Leia no site do Parlamento Europeu.
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