sábado, setembro 01, 2007

Recordando Beslan (II)

A Rússia lembrou hoje com cerimónias e comícios as vítimas do massacre na escola número um da cidade de Beslan, na Ossétia do Norte, onde há três anos um comando terrorista tchetcheno sequestrou cerca de 1.200 pessoas, em sua maioria crianças. "Aprendemos lições com a tragédia de Beslan e o ataque guerrilheiro à cidade de Nazran, na Inguchétia, em 2004", disse Dmitri Kozak, representante do presidente Vladimir Putin para o distrito federal Sul. Ele falou após depositar flores no memorial de Beslan, segundo a agência russa Interfax. Kozak destacou que no mundo todo o número de ataques terroristas aumentou 50%, mas no sul da Rússia diminuiu 40%. A razão, acrescentou, foi a criação de novas estruturas de organização nas forças de segurança. Dificilmente as estatísticas oficiais poderão servir de consolo aos parentes e amigos dos 334 mortos, entre eles 186 crianças. Até hoje eles tentam descobrir toda a verdade sobre como aconteceu o banho de sangue.
Massacre
A festa do Dia do Saber na Rússia, que marca o início do ano lectivo, no dia 1 de Setembro de 2004 se transformou num pesadelo em Beslan, quando a escola número 1 foi tomada por um comando tchetcheno. Mulher chora ao segurar painel com fotos de vítimas de massacre, que faz 3 anos Os terroristas, 32 segundo a versão oficial, se entrincheiraram na escola com seus reféns como escudos humanos. Suas exigências eram o fim da guerra e o reconhecimento da independência da Tchetchénia. Às 13h05 do dia 3 de Setembro, 52 horas depois do começo do sequestro, houve uma explosão, possivelmente acidental, segundo a investigação oficial, no ginásio onde os terroristas mantinham seus reféns. E então começou o massacre. Alguns parentes das vítimas e testemunhas garantem que a explosão foi resultado de um tiro de canhão de um dos carros de combate que cercavam a escola. Outros afirmam que as forças de segurança usaram lança-chamas. O único terrorista sobrevivente do comando tchetcheno, Nurpasha Kulayev, foi julgado e condenado em maio de 2006 à prisão perpétua. Numa reunião com mães que perderam seus filhos em Beslan, o presidente da Duma (Câmara dos Deputados), Boris Grizlov, disse hoje (1º) que as perícias pedidas pela investigação ficarão prontas em Janeiro de 2008 (fonte: Folha online)

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