Li no Economico que “o porta-voz do PSD
respondeu assim à alegação feita por Seguro, de que "vêm aí mais
cortes" que "estão a ser feitos às escondidas". O coordenador e
porta-voz da direção nacional do PSD afirmou hoje que "não existe nenhum
tipo de medida na manga" por parte do Governo e acusou o secretário-geral
do PS de procurar lançar o medo para colher resultados eleitorais. O
coordenador e porta-voz da direção nacional do PSD, Marco António Costa,
respondeu assim à alegação feita pelo secretário-geral do PS, António José
Seguro, na terça-feira à noite, de que "vêm aí mais cortes" que
"estão a ser feitos às escondidas" para serem "executados depois
das eleições autárquicas" de 29 de setembro. Em declarações aos
jornalistas, na sede dos sociais-democratas, em Lisboa, Marco António Costa
contrapôs que "isso é uma completa falsidade" e que "não existe
nenhum tipo de medida na manga" por parte do executivo PSD/CDS-PP, que
defendeu ser "completamente transparente" para com os portugueses.
Segundo o porta-voz do PSD, o
secretário-geral do PS está a "tentar lançar a desinformação na opinião
pública, provocar o medo nos cidadãos e, com isso, colher eleitoralmente
benefícios" nas autárquicas do final deste mês. Marco António Costa
acrescentou que, "se há Governo que, de forma completamente transparente,
assumiu antecipadamente todas as medidas que tinha previstas para o Orçamento
do Estado para 2014, foi este Governo" e considerou "altamente
lamentável" a atitude de António José Seguro.
Questionado sobre a relação com o PS, o
porta-voz do PSD observou que os sociais-democratas se sentem "a pregar
sozinhos no deserto" quando apelam à convergência, alegando que "o PS
está indisponível para qualquer tipo de consenso". Defendendo a
necessidade de "consensos sobre temas concretos" como a política
fiscal ou a reforma do Estado, Marco António Costa descreveu o discurso atual
do PS como "agressivo, de rutura, cada vez mais parecido com o PS do
engenheiro Sócrates". Quanto ao PSD, defendeu que tem um histórico de
cooperação com os governos socialistas, nos períodos em que esteve na oposição,
e que, agora, no Governo, tem tido uma atitude de "moderação" para
com o PS. No seu entender, no interior do PSD havia uma vontade de que o
partido estivesse "de dedo em riste ao PS" após as legislativas de
2011 e "Passos Coelho pagou uma grande fatura interna pela sua moderação,
para criar paz política nacional".