
A recolha dos dados efectuada durante o ano de 2011, contou com milhares de utilizadores activos a nível mundial, sendo que 501 eram portugueses. Segundo o estudo, cada internauta português mantêm contacto regular, na sua vida pessoal, com cerca de 58 pessoas. Em 2009, os contactos nas redes sociais eram em média de 40, um crescimento que é analisado através das várias actividades que são desempenhadas através dos media sociais. No entanto e, de acordo com o número de Dunbar, proposto pelo antropólogo Robin Dunbar, existe um limite cognitivo para o número de pessoas com as quais conseguimos manter uma relação social estável e esse número ronda os 150. “Se tivermos este dado como referência compreendemos que é natural encontrar índices como este”, explica Carla Ganito. Ana Silva, responsável de medias sociais num grupo industrial, também explica ao i que, segundo a mesma regra, “58 parece um número razoável”.
Perfil de uso No que diz respeito às actividades mais realizadas pelos portugueses na internet, a análise revela que a visualização de vídeos online foi a mais apontada com 87%. Em segundo lugar, aparece a visita a perfis de amigos em redes sociais (83%) e os serviços de mensagens instantâneas (80%). Não tão popular em Portugal é o micro-blogging como o Twitter: nos últimos seis meses, apenas 17% aderiram a esta rede social, em oposição aos 43% a nível global. Ana Silva considera o último dado “curioso”. Para a especialista, “o funcionamento e linguagem próprios da ferramenta - os tweets, os retweets, a dificuldade de sintetizar ideias em 140 caracteres - levará muitos utilizadores a não compreenderem a plataforma e desistirem dela nas primeiras interacções”. O estudo da UM também avaliou quais as experiências sociais mais valorizadas pelos consumidores, relativamente às marcas. Segundo os dados, o que os portugueses preferem são a oferta de vales de desconto e a informações em primeira mão, tendo estas sido apontadas por 32% e 18% dos internautas, respectivamente.
“Alguém comentava comigo há uns meses atrás que a relação das pessoas com marcas ou negócios nas redes sociais se pautava por dois motivos: paixão ou cupão - no sentido do desconto, da oferta, da promoção, do concurso. Eu penso que esta é uma simplificação de algo tão complexo como a motivação humana, mas acredito que o momento mais delicado que o país vive impele as famílias a gerirem orçamentos e consequentemente aproveitarem descontos independentemente de ser nas redes ou não”, diz Ana Silva. Já para Nuno Machado Lopes, “desassociar um vale do seu objecto de utilização poderá levar-nos, erradamente, a associar o acto de desconto ao presente clima económico”. “Acredito que o utilizador português esteja mais atento ao seus gastos e procure, cada vez mais, o melhor preço. Mas, o ser humano sempre procurou a pechincha, contudo a web proporciona uma autêntica enchente de descontos disponíveis diariamente online, resultado em parte, da preguiça de quem deveria procurar outras formas de divulgar o seu produto e/ou serviço”, realça” (texto publicado no Jornal I da autoria da jornalista Márcia Oliveira, com a devida vénia)
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