Noticia o Correio da Manhã, num texto do jornalista António Sérgio Azenha que “o pequeno-almoço de José Sócrates com Luís Figo no dia 25 de Setembro de 2009, último dia da campanha eleitoral para as eleições legislativas, custou 100 euros. Em plena crise financeira, a factura, que foi paga pelo PS, incluiu uma despesa de cinco euros por uma laranja. O encontro de Sócrates com Figo ocorreu no Altis Belém Hotel & Spa, uma luxuosa unidade hoteleira localizada à beira do Tejo, em Lisboa. A despesa do pequeno-almoço consta de um relatório enviado pela Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP) ao Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) em 2010, quando apresentou uma queixa contra o PS por suspeita de financiamento ilegal. O documento, que está incluído no processo consultado pelo CM, revela como, apesar da crise financeira, os gastos nas campanhas eleitorais podem ser surpreendentes: dos 100 euros gastos com o pequeno-almoço, 60 euros dizem respeito a "20 cafés leggero", 30 euros a "dois café continental", cinco euros a uma laranja e cinco euros a uma água do Luso de 25 centilitros. O pequeno-almoço de Sócrates com Figo gerou, no âmbito do processo ‘Face Oculta', suspeitas de que o ex-futebolista terá apoiado Sócrates como contrapartida de um contrato com o Taguspark. O PS garantiu que "nunca comprou quaisquer tipos de apoio político, seja por via de contratos, promessas, benefícios ou outro qualquer meio".
POLÉMICA MARCA TAGUSPARK
O pequeno-almoço do ex-primeiro-ministro José Sócrates com Luís Figo e o contrato feito por este ex-futebolista com o Taguspark, parque tecnológico sediado em Oeiras, são peças fundamentais do processo ‘Taguspark', que vai a julgamento. No início de Agosto de 2009, Figo assinou um contrato de cedência de direitos de imagem ao Taguspark, durante três anos, por 750 mil euros. Na sequência do ‘caso Face Oculta' foi aberto um inquérito autónomo do DIAP Lisboa que culminou na acusação de corrupção passiva a Rui Pedro Soares, Américo Thomati e João Carlos Silva, então responsáveis do Taguspark. Em causa está a suspeita de que o contrato de Figo com o Taguspark foi uma contrapartida para Figo apoiar a candidatura de Sócrates nas legislativas”.
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