Convém recordar que a última sondagem do DN da Madeira, a poucos dias das eleições de 2009, falhou a favor do PS. Recordo que a 12 de Setembro de 2009 (as eleições foram a 27 de Setembro), o jornal escreveu que "quatro deputados para o PSD, dois para o PS. Esta é a projecção de mandatos de uma sondagem ontem divulgada pela SIC e pelo semanário Expresso. Se se confirmar este resultado, os socialistas perdem um dos actuais três lugares na Assembleia da República, lugar esse que vai direitinho para o PSD. Mesmo assim, o 4-2 até nem será visto no PS-M como um resultado tão negativo assim atendendo a estudos anteriores que apontavam para uma queda ainda maior e que resultaria num inédito 5-1 em número de mandatos em São Bento. Em Julho, uma sondagem publicada pelo DIÁRIO era mais severa e apontava claramente para os 5-1, pelo que os resultados ontem demonstrados pela pesquisa do Expresso podem indiciar uma tendência de subida do eleitorado socialista na Região, embora ainda claramente distante da alternativa a que se propôs a actual direcção do PS-Madeira. Em termos nacionais, a 15 dias das eleições legislativas, persiste a tendência para o empate técnico entre os dois principais partidos portugueses. Vários jornais davam esse sinal em sondagens ontem publicadas logo pela manhã e, ao fim do dia, a sondagem da SIC e do Expresso confirmava essa perspectiva. De acordo com esse estudo, o próximo hemiciclo vai estar ocupado novamente por cinco forças políticas e nenhuma delas terá uma maioria absoluta. A projecção de mandatos aponta mesmo para igual número de deputados entre PS e PSD, que deverão ter entre 84 a 90 deputados. A terceira força política, segundo o mesmo estudo, será o Bloco de Esquerda, com 18 a 20 deputados. Segue-se o PCP, com 16 a 19 deputados e o CDS com 14 a 16 deputados. Além da ausência de uma maioria clara, outro facto parece óbvio: São Bento vai ter uma maioria de esquerda, somando os votos do PS aos do BE e do PCP. Em percentagens, o PS, segundo este estudo, terá 33,6%, o PSD 32,5%, o BE 9,6%, a CDU 9,4% e o CDS 8,0. Outra sondagem, a do DN-Lisboa, apontava a vitória do PS com 37% seguido pelo PSD com 35%, o BE com 11% e o CDS com 6%". É bom não esquecer, sempre que se fala nestas sondagens, do seguinte: o universo de contactados foi de 525 pessoas. O contacto foi feito por telefone fixo. Resta saber quem tem telefone fixo, qual o seu perfil, social e que tendências eleitorais poderão ser projectadas. Finalmente o elemento entrevistado foi o que fez anos há menos tempo (o pai? a mãe? o filho? a filha? será que as opções dos pais são as mesmas dos filhos? será que os pais votam e os filhos não? será que todos votarão domingo ou nenhum deles?). E qual a fiabilidade entre os resultados directos da sondagem e a projecção matemática que depois é feita com base em determinados pressupostos? O melhor é que as pessoas domingo votem e se desliguem destas "coisas". As empresas de sondagens é que ficam satisfeitas porque facturam até dizer basta. Por elas havia eleições mês sim, mês não!!!! Quanto a vendas, não são estas sondagens que ajudam nem garantem mais audiências televisivas. E já agora, no final deste processo eleitoral, seria bom saber quanto foi gasto em sondagens pelos meios de comunicação social, alegadamente todos em, situação de dificuldade financeira...
Sem comentários:
Enviar um comentário