PSD mais próximo da vitória
Escreve o Jornal I que "nas ruas e nas sondagens começa a ser notória a vantagem do PSD. A dois dias do fim da campanha eleitoral, a distância entre Passos Coelho e José Sócrates continua a ganhar expressão e todos os estudos de opinião revelam a mesma tendência. No Barómetro Marktest/TSF/"Diário Económico", os sociais-democratas convencem 38,5% dos inquiridos, contra 30,1% que dizem ir votar PS. O CDS, neste estudo, regista 9,7%, garantindo em coligação com os sociais-democratas uma maioria absoluta de direita. O PSD tem assim 8,4 pontos percentuais de avanço sobre o PS. O oitavo de dez estudos da Eurosondagem para "Expresso", SIC e Rádio Renascença também confirma a tendência de descolagem do PSD. Com 35,4% das intenções de voto, contra 31,3% do Partido Socialista, os sociais-democratas destacam-se na dianteira. Ao mesmo tempo, o CDS de Paulo Portas volta a recuperar terreno, com 13,4%. A direita soma, neste estudo, 48,8%.A sondagem da Universidade Católica para RTP, Antena 1, "Diário de Notícias" e "Jornal de Notícias" mantém o cenário de vitória dos sociais-democratas. O PSD lidera nas intenções de voto, com 36%, e o PS caiu para 31%. A percentagem dos indecisos está agora em menos de metade, tendo em conta o último estudo da Universidade Católica, e o CDS-PP subiu para os 11%. Mais uma vez os partidos da direita conseguem uma maioria absoluta. Na reacção, os partidos tiveram comportamentos distintos. O líder laranja considerou que as sondagens mostram que "há uma definição do que pode vir a acontecer nas próximas eleições". "A tendência é para uma vitória do PSD", concluiu Passos e, aproveitando o balanço, acabou por pedir a maioria absoluta. Já o secretário-geral do PS optou por desvalorizar os números, garantindo que os resultados das sondagens "deixam tudo em aberto para o próximo domingo". "Tem havido sondagens para todos os gostos. Mas nenhuma sondagem ganha eleições", disse José Sócrates, abrindo fogo sobre "os que pensavam que tinham as eleições ganhas". "Os que acham que isto se revolve com sondagens estão enganados", rematou.O dia do alívio Confortado pelos resultados das sondagens, para Passos Coelho ontem foi o dia do regozijo e do alívio. No dia em que andou quase sempre na rua - teve três arruadas antes de almoço - a caravana social-democrata não escondia o clima de alívio pelos resultados dos últimos estudos de opinião. E Passos aproveitou a deixa para mostrar que o apoio que tem recebido nas ruas é um sinal da necessidade de mudança: "[A campanha] Está a terminar da melhor maneira possível, não a chorar sobre o leite derramando das oportunidades que perdemos, mas com toda a gente a vir para a rua para agarrar a oportunidade e mudar de vida e mudar Portugal." "O país está muito cansado dos governantes que temos tido", rematou. O líder social-democrata tem apostado na dramatização completa do discurso para convencer os últimos indecisos e os que não vão votar. Passos Coelho chegou a sugerir que o governo socialista punha em causa a "normalidade democrática". Ontem, em Espinho, trocou as sugestões por certezas: "Não é da normalidade democrática confiar num governo que leva o país à bancarrota. Não é normal os portugueses escolherem os governantes, confiarem neles, de modo a que eles ocultem e iludam aquilo que se passa." No esticar a corda dos últimos dias, o presidente do PSD apela às raízes da social-democracia para incentivar ao voto: "O PSD contribuiu para que o Estado estivesse ao nível que era necessário nas prestações sociais, para que as pessoas tivessem também aquilo que Sá Carneiro chamava de democracia social."O tudo por tudo da campanha vai ser dado nos próximos dois dias com os principais candidatos a apostar no Porto e em Lisboa. Ontem, Passos teve ao seu lado o comentador e conselheiro de Estado Marcelo Rebelo de Sousa e o presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes (que já esteve três vezes em campanha) e hoje vai estar no Porto, novamente com Rui Rio".
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