sexta-feira, dezembro 17, 2010

Não fale tanto antes do tempo

A nova responsável pela secção regional da Ordem dos Médicos na Madeira - que não sei nem para que serve, nem que importância esta "secção" tem, já que ninguém da lista vencedora regional reagiu à descarada desvalorização que de forma ofensiva, baixa e rafeira (embora à imagem do autor dessa atitude) foi feita pelo bandalho que todos conhecemos. Não vou falar do silêncio da agora eleita, não. Para não divagar por onde não quero. Gostaria de sublinhar, como ponto prévio, que me estou nas tintas, repito, absolutamente nas tintas, para o que a OM vai fazer ou deixa de fazer, porque não me diz respeito, aliás, nem sequer me interessa. Além disso é uma questão de crença. Quanto muito, esse assunto interessa aos profissionais, os que sabem como votaram, porque votaram e o que é que vai resultar de concreto desse voto. O que me parece importante sublinhar, e insisto nesta questão, é que a eleita para a secção regional da OM não dedve confundir os seus problemas profissionais com as funções para as quais foi agora eleita. Se me permite, até porque cada um sabe do que sabe, acho que é fundamental para a credibilidade da sua gestão, que não comece a falar demasiado, antes de fazer alguma coisa. Não se deslumbre, pese todo o benefício da dúvida que hoje reafirmo, com o mediatismo comunicacional, não se deixe utilizar por terceiros em vinganças pessoais com as quais a agora eleita para a secção regional da OM nada tem a ver. Desde logo não comece a entrar numa espiral de conversas ou declarações da treta, antes de tomar posse, antes de resolver questões em concreto que nada têm a ver com minudências, para sim com a recuperação da respeitabilidade que a classe médica precisa. Também por culpa própria. De paleio, e perdoe-me a expressão, estamos todos fartos. Finalmente uma nota pessoal: nisto de saúde, ninguém é inimputável, a começar pelos políticos, mas acabando nos médicos. Nesta altura do ano, quando falamos de anjinhos, bastam-me os que aparecem nos presépios. E mais ninguém. Ficou claro? Reafirmando o que ontem escrevi, desejo-lhe toda a sorte do mundo, sem sectarismos, sem visões vesgas da realidade, sem manipulações dos factos, sem branqueamento de responsabilidades, sem incompetências, sem culpabilidades, etc. Talvez a respeitabilidade comece exactamente por aí, por reconhecer isso e distanciar-se de atitudes repugnantes, por exemplo as de alguns médicos, motivados pelo ajuste de contas pessoal e pelas ambições de lugares. Duvida disso? Não duvide. Não fale. Reflicta, decida e actue. E depois sim, fale, tudo, diga tudo.

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