sexta-feira, outubro 09, 2009

Açores: relatório preliminar confirma “danos estruturais” em Airbus A-320 da SATA

Li no Diário dos Açores que "o relatório intercalar do acidente ocorrido com o Airbus A-320 da SATA, que efectuou uma aterragem abrupta a 4 de Agosto, confirma a existência de “danos estruturais” na área de fixação do trem de aterragem principal.“Não se registaram lesões pessoais mas a aeronave sofreu danos estruturais na área de fixação do trem principal”, refere o documento, elaborado pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA) do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.O acidente ocorreu a 4 de Agosto, às 20h40, quando o A-320 da SATA, com 166 passageiros e sete tripulantes a bordo, aterrou no Aeroporto João Paulo II, em Ponta Delgada, no final de um voo com origem em Lisboa.O avião era tripulado por um comandante português, de 44 anos, com uma experiência de cerca de 4.600 horas de voo.O relatório refere que o voo e a aproximação à pista “decorreram sem incidentes”, tendo o problema surgido no momento da aterragem.“A aeronave efectuou uma aterragem abrupta, ressaltou no asfalto e voltou à pista em nova situação, mais agravada, de aterragem abrupta”, relata o documento.A investigação permitiu concluir que o avião, depois de ressaltar no asfalto, “elevou-se a uma altura de 12 pés (3,65 metros)”, voltando depois ao contacto com a pista.A análise dos dados do avião indica que, nesta aterragem, o avião sofreu uma pressão de 2,13 g no primeiro impacto e 4,86 g no segundo.O relatório indica que, no estacionamento, “o comandante reportou aterragem abrupta ao mecânico de serviço”, acrescentando que a inspecção visual realizada por este técnico e pelos pilotos “não detectou qualquer anomalia” no trem de aterragem.Por essa razão, o avião partiu de Ponta Delgada com destino a Lisboa, num voo que decorreu “sem qualquer anomalia”, tendo aterrado na capital portuguesa às 23h30. Posteriormente, quando o avião foi sujeito a uma inspecção, realizou-se um estudo mais profundo, tendo em conta todos os factos e informação dos dados disponibilizados pelos instrumentos da aeronave. O relatório refere que foi executada, a 6 de Agosto, a inspecção recomendada para ‘grave aterragem abrupta’, não tendo sido detectados mais danos visíveis na aeronave do que os já anteriormente referidos.“As jantes e os pneus dos trens principais e do nariz apresentavam sinais de terem sido sujeitos a esforços consideráveis, notando-se nas paredes destes últimos as marcas de deflexão da borracha na altura dos impactos com o solo”, refere o documento".

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