sexta-feira, outubro 09, 2009

Açores: dúvidas sobre o cumprimento de normas de segurança com o avião “Diáspora”...

Ainda segundo o Diário dos Açores, "a transportadora aérea açoriana SATA assegurou ontem que os voos realizados pelo Airbus A320-200 ‘Diáspora’ depois do ‘hard landing’ ocorrido em Ponta Delgada decorreram “dentro da completa normalidade e segurança”. “Todos os voos efectuados pela aeronave decorreram dentro da completa normalidade e segurança, tendo sempre sido sujeitos à prévia realização de vistorias pela chamada manutenção de linha, após toda e qualquer aterragem”, refere um comunicado da SATA enviado à Lusa. O documento, emitido na sequência de informações que colocavam em causa a segurança do avião nos voos que realizou entre 4 e 6 de Agosto, salienta que essas ligações foram feitas depois de uma “avaliação positiva da aeronave pelas respectivas tripulações técnicas de cockpit”, tendo em conta a informação disponibilizada pelos sistemas do aparelho, um Airbus A320- 200 de última geração. A SATA confirmou que o aparelho realizou uma “aterragem dura” (hard landing) a 4 de Agosto, no Aeroporto João Paulo II, em Ponta Delgada, da qual não resultaram quaisquer consequências físicas para os passageiros. D a d o s disponibilizados na Internet, em sítios ligados à aviação civil, indicam que o avião fez uma aproximação à pista com excessiva velocidade, tendo o impacto no solo ultrapassado em muito os 2,5 g’s permitidos pela aviação internacional em manobras de aterragem. O incidente, ainda segundo aqueles dados, terá provocado a queda de alguns rebites de uma das asas do aparelho e danos no trem de aterragem. Apesar do acidente, que não provocou feridos, mas terá gerado alguma agitação entre os passageiros que se encontravam a bordo, o avião continuou a voar, tendo realizado várias ligações nos dois dias seguintes. O avião apenas deixou de voar a 6 de Agosto, quando foi submetido a uma inspecção de rotina, obrigatória na sequência do número de horas de voo realizadas. O A320 ‘Diáspora’, que começou a voar em Junho, deverá estar imobilizado até Outubro, para ser submetido a todos os exames necessários para garantir a sua segurança. Segundo a transportadora aérea açoriana, depois desta aterragem, “foi efectuada uma inspecção de linha, tendo sido a aeronave considerada apta para prosseguir o plano de voo”. Dois dias mais tarde, a 6 de Agosto, durante uma “inspecção programada”, que consta do programa de manutenção definido pelo construtor, “foram detectados indícios da existência de um denominado ‘hard landing’, prontamente comunicados ao fabricante”. Nessa altura, segundo a SATA, foi recomendado pela Engenharia e Manutenção da empresa e pela Airbus que o avião fosse sujeito a uma “inspecção preventiva”, que está a ser realizada pela TAP Engenharia e Manutenção e que deverá estar concluída no início de Outubro. A SATA refere que os dados apurados já foram comunicados ao Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) e acrescenta ter sido instaurado um inquérito interno, no quadro do qual, como medida preventiva, os pilotos envolvidos na aterragem em causa foram retirados das funções de pilotagem. O governo açoriano afirmou ontem que quer ver a situação “cabal e completamente esclarecida”. Questionado pelos jornalistas, Vasco Cordeiro escusou-se a fazer mais comentários sobre a situação, alegando estar a decorrer um inquérito, cujas conclusões serão determinantes para a apreciação do problema. Nesse sentido, o secretário regional da Economia não quis pronunciar-se sobre as consequências deste caso na credibilidade da SATA, não confirmando que estivessem preenchidas as condições que obrigavam o avião a parar depois do incidente em Lisboa".

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