Açores: Governo não admite mais enfermeiros no Serviço Regional de Saúde...

Segundo o Correio dos Açores, falando na sessão de abertura do V Encontro de Enfermagem da Secção Regional da Ordem dos Enfermeiros, Carlos César anunciou que a "reforma em curso da Saúde Pública na Região prevê a criação de um Coordenador Regional e enalteceu o desempenho dos enfermeiros no arquipélago. Deixou claro que não é intenção do Governo admitir mais enfermeiros no Serviço Regional de Saúde. O Presidente do Governo, Carlos César, disse ontem “não apreciar de forma positiva” a forma de trabalhar e de “polemizar, em permanência”, do delegado de Saúde do concelho da Lagoa e da ilha de S. Miguel, Mário Freitas. Respondendo a perguntas dos jornalistas sobre afirmações recentes de Mário Freitas, o chefe do executivo desmentiu a existência de qualquer processo disciplinar ao médico em causa e preferiu enaltecer a acção “muito rigorosa, muito empenhada, muito esforçada e muito próxima da população, das instituições e dos problemas” dos delegados de saúde concelhios, “embora não tenham a oportunidade de atingir o estrelato televisivo que o delegado de Saúde de S. Miguel parece ter.” Para Carlos César, essas pessoas “dão um maior contributo ao Serviço Regional de Saúde do que ao serviço público de televisão”, ao invés de uma forma de trabalho que, “longe de contribuir para o bom funcionamento do Serviço Regional de Saúde e para a articulação adequada dos diversos intervenientes neste processo da gripe pandémica – apenas tem contribuído para algum sentimento de insegurança e para uma tendência para o conflito constante”. Apesar disso, o presidente do Governo disse que não tenciona determinar a demissão do delegado de Saúde da Lagoa e da ilha de S. Miguel, “porque está, neste momento, a ser trabalhada a reforma da legislação que enquadra as autoridades de Saúde Pública e, nesse contexto, todos terão de cessar as suas funções, entre os quais ele.” Entretanto, Carlos César garante aos açorianos – e aos micaelenses em particular – “que as autoridades de saúde concelhias estão a desenvolver, de forma responsável, com brio profissional, o seu trabalho, e que não se deixam afectar”.