sexta-feira, agosto 21, 2009

O caso do "bufo" socialista e da visita de Cavaco à Madeira

O Correio da Manhã denunciou anteontem, num texto dos jornalistas Cristina Rita e José Rodrigues, que "o clima entre Belém e São Bento não poderia ser pior. À polémica sobre o receio da Casa Civil de Cavaco Silva estar a ser vigiada, junta-se ainda um mal-estar com ano e meio, durante a visita presidencial à Madeira, entre 14 e 19 de Abril de 2008. O nome de um consultor jurídico de José Sócrates, Rui Paulo Figueiredo, é apontado como factor de desconfiança junto de Belém, depois da sua inclusão na comitiva presidencial ao arquipélago, sem aparente explicação. O CM sabe que o nome do Rui Paulo Figueiredo fazia parte do Livro Oficial da Visita. O nome estava na lista que integrava oficialmente a comitiva da visita e do Protocolo de Estado. Porém, segundo noticiou o ‘Público’, o seu comportamento terá violado algumas regras protocolares por se ter sentado, alegadamente sem ser convidado, na mesa de outros membros da comitiva. Rui Paulo Figueiredo é autor do livro ‘Aníbal Cavaco Silva e o PSD (1985-1995)’ e escreveu no blogue Câmara de Comuns, em Outubro de 2008, um comentário em que referia que o Presidente poderia estar a fazer 'uma tempestade num copo de água' em relação a normas do Estatuto dos Açores. O CM contactou-o, mas não obteve resposta. No PS tem-se defendido a tese de que a Presidência deveria fazer esclarecimentos ou desmentidos sobre as preocupações de Cavaco Silva em relação à composição do Conselho Nacional de Ética, pela não-inclusão de João Lobo Antunes. Vários dirigentes socialistas têm chamado à colação o facto de ter sido noticiado que o PSD estaria a receber contributos de assessores de Belém para o programa eleitoral. O que terá aumentado ainda mais o desconforto. E, sem desmentidos ou clarificações de parte a parte, a tensão passou para o campo das assessorias. Neste quadro há mais um dado a reter. O número dois da lista do PSD para as legislativas por Coimbra é Pedro Saraiva, nomeado a 16 de Junho de 2006 pelo gabinete do Presidente da República como um dos seus consultores para o Ensino Superior. Dentro do PSD local a presença do consultor é vista sem dramas, uma vez que as suas funções são exercidas pontualmente para esclarecimentos meramente técnicos".

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