Tenho constatado que andam por aí alguns inesperados sinais exteriores de riqueza - inesperados no que me diz respeito - que geram desconfiança e não abonam desde logo a favor dos próprios, cuja vaidade, pelos vistos, os cobre de cegueira. Mas em última instância, porventura a mais importante, penaliza aos olhos dos cidadãos mais atentos, a estrutura partidária responsável pelo poder regional. Não estou, longe de mim, a fazerf a apologia do "coitadismo" ou a dedfender que quem está no poder tem que andar roto e esfarrapado enquanto que outros, na oposição, também vão enchendo o caso à boa maneira do Tio Patinhas, sem que as pessoas se apercebam, exactamente porque estando na oposição, julgam que mais facilmente passam discretos. Mas não é desses que falo. Uma coisa é a pessoa viver em função dos seus rendimentos, que em muitos casos são efémeros porque condicionados ao exercício de determinadas responsabilidades que hoje temos e amanhã deixamos de ter, outra coisa é passar por cima de tudo isso e vangloriar-se - há quem chame pavonear-se - pela cidade como se tivessem o rei na pança, tivessem ganho o euromilhões ou recebido uma daquelas heranças deixadas por um parente que ninguém sabia sequer que existia. Se há coisa que eu não tolero, nem concebo, esta é uma delas. E nem a vaidade, cada um cobre-se da "presunção e água benta" que quiser, é justificação para atitudes que muitas vezes, quase se sempre, são vergonhosas e atentatórias. E ofensivas. Nem a idade o justifica.
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