Já agora, porque associada a esta questão anteriormente referida, acho intrigante que a Secretaria Regional dos Recursos Naturais e Ambiente continue a gerir da forma que o faz questões directamente ligadas com a comunicação social, na medida em que o silêncio ou a falta de esclarecimentos alimenta a especulação e a dúvida. Não sei, por exemplo, se aquele departamento fez algum comentário à decisão aprovada ontem pelo Parlamento Europeu em matéria de pescas, que eu sei não corresponder integralmente ao que a Madeira pretendia mas que é melhor que nada. Isto antes que o PE seja transformado numa espécie de "salvador" das pescas na Madeira ainda por cima em vésperas da visita à Madeira da respectiva comissão de pescas... O que quero realçar é que, depois de quase uma semana para que fosse dada uma explicação para a saída de dois quadros destacado da SRRNA(Susana Fontinha no Parque Natural e Joana Rodrigues na Valor Ambiente ) e pelo menos até hoje ninguém sabe porque motivo se deixa alimentar a especulação e permitir que as pessoas se interroguem quando, por exemplo, um jornal - que eu recuso acreditar publique seja o que for sem ter alguma base de segurança - publica isto: "Saneamento político por suspeita de favor a privados - Joana Rodrigues deixou de ser presidente da Valor Ambiente porque Manuel António deixou de ter confiança na engenheira que 'desenhou' o sistema regional de tratamento de lixos. A confissão é dos autarcas, com base nas conversas que mantiveram com o governante. Joana Rodrigues era contra a gestão directa pela empresa a que presidia da operação das estações, pois entendia que não tinha recursos financeiros e sobretudo meios técnicos para o fazer, dada a sofisticação dos equipamentos e da operação da Meia Serra e do Porto Novo, uma estação que é considerada a melhor de Portugal. Joana Rodrigues manteve um 'braço de ferro' com os autarcas por causa do tarifário apresentado, levando a que estes obrigassem Manuel António a ser o negociador por intransigência da engenheira, que seria afastada das reuniões.Conhecendo, como poucos, todos os detalhes da operação de triagem, transferência e tratamento do lixo, a ex-presidente da Valor Ambiente defendia que a solução passava por aumentar a receita e não diminuir os custos, pois tal poderia representar uma quebra nos níveis de qualidade e segurança ambiental da Meia Serra". E como se isto não bastasse, o periódico ainda "apimenta" a história com mais um episódio ainda mais estranho e complicado: "A rescisão do contrato com a OTRS, bem como com o grupo de empresas responsáveis pela gestão das estações de triagem e transferência constituiu uma surpresa e abriu uma guerra de consequências imprevisíveis. Porque isso significou um corte com empresas a que estão ligados Jaime Ramos (Salubrimad), Avelino Farinha (AFA/Prima) Somague e os alemães da Sotec, tidos como o único garante da eficiência e qualidade do serviço prestado na Meia Serra, pois foram eles que instalaram o equipamento e têm o 'now how'. De fora do negócio do lixo vai ficar, também, a Mota Engil liderada por Jorge Coelho, que detém 25% da empresa que gere as estações de triagem. Recorde-se que o concurso das estações de triagem/transferência atribuiu, por um valor superior a 35 milhões de euros, a construção e operação destas estações. Já a Estação da Meia Serra custou 152,9 milhões". Inquestionavelmente há uma péssima gestão de tudo isto. Queria apenas destacar, a finalizar, porque o conheço há muitos anos, a dignidade demonstrada pelo discreto, sério e competente Pedro Jardim, engenheiro, filho do Presidente do Governo Regional, o qual, fazendo fé no que foi publicado pelo jornal em questão, tomou a única atitude que eu, confesso, dele esperava perante este imbróglio.
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