sexta-feira, abril 18, 2008

Crise no PSD: não falarei em AJJ (II)

Sobre este assunto, e retomando o que ontem aqui referi, o que eu penso - e permitam-me que transcreva parte de um texto a ser publicado segunda-feira - é apenas isto: "No mesmo dia em que Meneses se demitiu, escrevi no meu blogue (gostem ou não dele) que era importante que Rui Rio (o Presidente da mais importante Câmara Municipal ainda nas mãos do PSD), Santana Lopes (líder parlamentar na Assembleia da República e último primeiro-ministro do PSD) e Alberto João Jardim (o Presidente do Governo da única região autónoma que continua a ser liderada pelo PSD) - todos eles elementos históricos, personalidades com peso no partido e com visões diferentes dos problemas, com sensibilidades naturalmente distantes, mas cada qual com o peso político pessoal e eleitoral que incontestavelmente têm - se reunissem, para que possam discutir o PSD, falar de tudo e de todos, abertamente, com franqueza, sem hipocrisias, sem constrangimentos, sem qualquer preocupação pelo politicamente correcto, tentando encontrar caminhos para a crise actual. Não estou a dizer que o candidato deveria sair de entre eles, embora todos eles pudessem sê-lo. Estou apenas a afirmar, e a repetir, que provavelmente muito do futuro do partido passará pelo entendimento que estes três homens encontrarem entre si. Disse o que achei que deveria dizer. Portanto, estou-me absolutamente borrifando se disse ou não alguma “asneira” – já não ligo a essas catalogações – ou se tracei um cenário perfeitamente plausível. O que me interessa reafirmar hoje, é que mantenho essa ideia, e que espero que no PSD da Madeira alguém – e há quem no PSD da Madeira possa tratar deste assunto… - permita que isso aconteça rapidamente. Porque entramos numa espiral de nomes, uns auto-promovidos, incapazes de perceberem o que está em jogo, outros fabricados na comunicação social, transformada em palco de experimentações ou numa arena ensaiadora de divisionismos ainda mais acentuados, que fragilizariam ainda mais o PSD, outros geridos por grupos de pressão externos ao PSD, outros sugeridos por grupos de interesse que hesitam entre a colagem oportunista ao PS, a pensar em 2009, e o manter um pé na outra margem, etc. (...)".

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