domingo, março 02, 2008

Perguntar não ofende (II)

Li ontem no DN local um oportuno artigo sobre a liberalização dos transportes aéreos, sobre custos dos bilhetes, sobre a eventual redução das ligações entre a Região e Lisboa (vai ser lindo se isso acontecer!): "A liberalização da rota da Madeira e consequente mudança do sistema de apoios aos passageiros residentes e estudantes poderá vir a representar um acréscimo das despesas do Governo Regional, que pode atingir os dois milhões de euros.A explicação é simples. Com a entrada em vigor das novas regras o apoio a conceder, além de ser menor ao que é actualmente concedido (108 euros para a classe económica e 144 para a executiva) deixa de ser pago pelo Estado às companhias, mas sim aos beneficários das viagens, não estando claro quem tem direito ao reembolso de 60 euros quando os bilhetes são adquiridos por terceiros. Neste particular incluem-se os bilhetes adquiridos pelas empresas para os seus funcionários, assim como as viagens suportados pelo Governo Regional, através do IDRAM, para os desportistas (cerca de 15 mil deslocações por ano) e as dos doentes e seu acompanhantes (aproximadamente quatro mil por ano) que vão receber tratamento ao Continente.Bilhetes mais caros - Caso os reembolsos sejam pagos aos beneficiários dessas viagens, os prejuízos para os cofres da Região podem rondar os dois milhões de euros. É que com o fim do subsídio do Estado às companhias, tudo indica que as tarifas venham a reflectir esse aumento. Ou seja, ao custo de um bilhete de ida e volta para Lisboa, que representa em média 240 euros, terão de ser somados mais 108 euros, o montante subsidiado, passando um bilhete a custar 348 euros. Feitas as contas, este acréscimo irá traduzir-se num aumento de custos da ordem dos 2,05 milhões de euros".
As minhas dúvidas: alguém fez algum estudo sobre o impacto da liberalização aérea para a Madeira? Onde está esse estudo? Será que ponderaram a possibilidade das companhias áereas - TAP e SATA - libertas da obrigação de cumprimento de serviço público mínimo, poderem reduzir as frequências diárias entre a Madeira e as principais cidades continentais (Lisboa e Porto)? Quais são as companhias aéreas que estão interessadas em operar na linha Madeira-Continente? Quais as companhais "low cost" dispostas a fazer uma escala em Lisboa ou no Porto em vez de voos directos?

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