Taxa de desemprego duplica em seis anos e atinge máximo desde 1986
Escreve o jornalista do "Jornal de Negócios", Nuno Carregueiro, que "os números de desemprego em Portugal no ano passado mostram de forma clara que este é um dos principais problemas actuais da economia portuguesa. A taxa de 8% do ano passado é a mais elevada desde 1986 e duplicou apenas nos espaço de seis anos. De acordo com os dados do INE, a taxa de desemprego em Portugal recuou no quarto trimestre para 7,8%, mas subiu no conjunto de 2007 para 8%. Trata-se do valor mais elevado desde 1986. Segundo dados do Eurostat, a taxa de desemprego em Portugal atingiu 8,8% em 1986. Desde que Portugal entrou na CEE, nunca a taxa de desemprego superou ou atingiu os 8%. Os dados do INE não são comparáveis com anos anteriores a 1998, uma vez que foi nesse ano que o instituto iniciou a actual série do desemprego. Mas olhando para os dados do instituto de estatística da Comissão Europeia, conclui-se que desde 1986 que Portugal não tinha uma taxa de desemprego tão elevada. As previsões da Comissão Europeia apontavam para que a taxa de desemprego em Portugal se situasse nos 8% este ano e Bruxelas espera uma manutenção neste valor em 2008 e uma queda para 7,7% em 2009.Os dados da Comissão mostram ainda que a taxa de desemprego elevada é um problema recente da economia portuguesa. Entre 1981 e 1990 a taxa de desemprego média foi de 7,3% e entre 1991 e 2000 situou-se nos 5,6%. A taxa de desemprego actual de 8% é o dobro do registado há apenas seis anos atrás. A taxa de desemprego em 2001 situou-se nos 4%. E desde então foi sempre evoluindo em alta. Subiu para 5% em 2002, 6,3% em 2003, 6,7% em 2004, 7,6% em 2005 e 7,7% em 2007. Actualmente, usando como boas as previsões da Comissão europeia para os restantes países da Zona Euro, Portugal apresentou em 2007 a quinta taxa de desemprego mais elevada dos 15 países que utilizam o euro. Só França, Espanha, Alemanha e Eslovénia têm uma taxa superior a 8%". Contudo, no mesmo jornal, num texto da jornalista Raquel Godinho, é garantido que os "economistas ouvidos pelo Jornal de Negócios referem que a descida da taxa de desemprego no quarto trimestre para 7,8% é positiva e poderá indiciar uma melhoria em 2008, mas acreditam que o problema da taxa de desemprego elevada vai persistir no próximo ano".
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