Facto do ano...
O Diário de Notícias do Funchal elegeu como acontecimento regional do ano – e não comento a decisão, nem as outras escolhas, porque isso diz respeito apenas à redacção, que votou e à liberdade dos seus membros – as acções populares. Acho exagerado, mesmo que aceite que as acções populares mais do que um direito constitucional devem constituir um instrumento de alerta e de denúncia de comportamentos menos próprios e de determinados abusos que são cometidos nesta terra por alguns tubarões, que se acham no direito de tudo fazer e, pior do que isso, de agir com impunidade pelo simples facto de que muitos deles utilizando abusivamente o nome de pessoas que, por estarem completamente dissociadas dos factos, acabam por ver-se indirectamente envolvidas em situações polémicas e complexas e, pior do que isso, prejudicando na sua imagem perante a opinião pública, o que acho lamentável. A libertinagem numa terra que cada vez mais deve combater os tubarões esfomeados que por aí andam, tem que ser combatida, custe o que custar, sob pana de andarmos a hipotecar o futuro de uma terra que tendo o turismo como a sua bóia de salvação, não se compadece com abusos ou atentados ambientais e paisagísticos que podem depois acarretar um pesado preço a pagar. Mas transformar a acção popular, que também pode ser um instrumento de vingança pessoal, de ajuste de contas, de deliberada tentativa de boicotar pessoas, é exagerado. Depois da decisão final do tribunal sobre a acção popular no Funchal Centrum, ainda estou à espera da anunciada segunda investida, noticiada com grandes parangonas, tudo porque um dos mentores da primeira acção, e que pelos vistos perdeu perante a justiça as suas razões, se limitou a dizer que talvez atacasse segunda vez. Até hoje…
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