domingo, novembro 23, 2025

Em dezembro vão tentar convencê-lo a fazer um PPR, mas atenção pode perder mais do que ganhar

Com o aproximar do fim do ano, começa a publicidade dos bancos e seguradoras para os clientes fazerem ou reforçarem os PPR, com o argumento dos benefícios fiscais no IRS. O Contas-Poupança explica-lhe porque é que esse não deve ser o critério principal e como milhares de portugueses estão a perder dinheiro em PPR's com capital garantido. Todos os anos é a mesma coisa. Aproxima-se dezembro e praticamente todos os bancos, seguradoras e gestoras de fundos, o vão tentar convencer a fazer um Plano Poupança Reforma (PPR) até 31 de dezembro. O argumento principal é a dedução no IRS. Deduz 20% do que poupar num PPR, até estes limites:

  • se tiver menos de 35 anos e colocar 2.000 euros pode aumentar o seu reembolso em 400 euros;
  • entre 35 e 50 anos, se subscrever 1.750 euros, pode deduzir 350 euros, e,
  • se tiver mais de 50 anos e investir 1.500 euros, pode deduzir 300 euros.

Para além disso, quando resgatar o seu PPR (ou parte dele), só paga 8% de impostos sobre os lucros em vez dos 28% dos depósitos a prazo ou certificados de aforro. Não é mau, mas só faz sentido se escolher um PPR que também lhe dê lucro. Caso contrário, está a receber dinheiro do Estado, mas a perder dinheiro no PPR. Acaba por ser um bom negócio para as entidades financeiras e um mau negócio para si.

Ter benefícios fiscais é bom, mas só se o próprio PPR também for bom. Como verá neste Contas-Poupança, há muitas situações em que pode estar a perder dinheiro pensando que está a ganhar (SIC-Notícias, um trabalho do jornalista Pedro Andersson, veja o video aqui)

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