Escreve o Observador que “qualquer pessoa que brinque com
a ideia de cortar pedaços da zona euro, esperando que o resto sobreviva, está a
brincar com o fogo”. O aviso é de Yanis Varoufakis, o ministro das Finanças da
Grécia, numa entrevista ao canal espanhol La Sexta gravada há 10 dias. O
responsável alerta para o perigo de se acreditar que a zona euro está protegida
contra as potenciais consequências de uma saída da Grécia da união monetária. Na
entrevista da qual pode ouvir um trecho abaixo (discurso em inglês e legendas
em castelhano), Yanis Varoufakis diz que “alguns advogam que o resto da Europa
já foi resguardado em relação à Grécia e que o Banco Central Europeu (BCE) tem
à sua disposição para conseguir amputar a Grécia [da zona euro], se for
necessário, e cauterizar os outros países e permitir que o resto da união
monetária continue na mesma”. Mas “duvido muito que assim seja”, avisa o
ministro das Finanças da Grécia, que acusa os líderes políticos da zona euro que
acreditam nisso de estarem a “brincar com o fogo”. Haveria consequências,
garante Yanis Varoufakis, “não só para a Grécia como para outras partes da
união”. Estas declarações surgem na mesma linha de uma entrevista dada por
Yanis Varoufakis no início de fevereiro, em que o responsável deixava a
pergunta: “Se a Grécia sair, quem irá a seguir? Portugal?” Nessa entrevista à à
cadeia televisiva italiana RAI, citada pela Reuters, Yanis Varoufakis avisou
que se a Grécia sair da zona euro outros países irão, inevitavelmente,
seguir-se-lhe e a união monetária irá “desmoronar-se como um castelo de
cartas”. “O euro é frágil. E, como quando se constrói um castelo de cartas, se
retirarmos uma carta que é a Grécia, o castelo irá colapsar”, afirmou o
ministro das Finanças da Grécia”
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