Li na Sábado que "vViver e deixar viver" é o mote de Liberland, o Estado que Vít Jedlicka, de 31 anos e membro do conservador Partido dos Cidadãos Livres da República Checa, diz ter fundado a 13 de Abrl. Para já, em termos de liberdade, o que o novo Estado tem para oferecer é a opção de pagar ou não impostos que é deixada ao critério de cada cidadão. Mas como é que aparece agora um novo Estado em território europeu? Segundo o seu fundador, o território de 7 km quadrados, ocupados por Liberland, era terra de ninguém. Localizada na margem do rio Danúbio, na fronteira entre a Croácia e a Sérvia, esta região, de acordo com o auto-proclamado presidente, não é reclamada por nenhum dos dois países, daí ter aproveitado. "A liberdade pessoal e económica" dos cidadãos de Liberland é assegurada pela Constituição que é o garante dos limites dos políticos e um impedimento a que interfiram na vida privada de cada um. Na declaração de criação do novo Estado, é definido como objectivo, "a construção de um Estado, onde as pessoas honestas possam prosperar sem ser oprimidas por governos que tornam as suas vidas desagradáveis através do fardo de restrições e impostos desnecessários". Liberland está a aceitar candidaturas de interessados em tornar-se cidadãos. Segundo disse Jedlicka à revista Time, já houve 20 mil inscrições, mas apenas cinco a dez mil devem conseguir o título a curto-prazo. Aos novos cidadão é exigido que respeitem os outros, sem restrições de qualquer tipo, que respeitem a propriedade alheia e que não tenham um passado marcado por ligações a comunistas, nazis ou extremistas, nem um cadastro criminal recheado. Resta saber, como é que o novo Estado pretende sustentar a sua economia, num território que é quase do mesmo tamanho que o Estado do Vaticano. E, além disso, como irão os vizinhos, nomeadamente a Croácia e a Sérvia, receber a notícia"