Segundo o jornalista do Jornal de Negócios, David Santiago, “a ilha
nórdica retirou o pedido de adesão à União Europeia, numa decisão comunicada
esta quinta-feira a Bruxelas. O pedido de adesão foi feito em 2009 já em plena
crise imobiliária no país, numa altura em que o euro era visto como uma bóia de
salvação para o país. Depois surgiu a crise do euro e a recuperação económica
islandesa. A Islândia colocou esta quinta-feira um ponto final ao processo de
adesão à União Europeia (UE). A decisão foi ontem comunicada a Bruxelas. Apesar
de alguns protestos realizados em frente ao parlamento depois de confirmada a
decisão, o ministro dos Negócios Estrangeiros Gunnar Bragi Sveinsson anunciou
que o governo conservador de que faz parte não pretende realizar um referendo
sobre o assunto. A Euronews refere que actualmente a maioria dos islandeses já
não sonha com a entrada na UE. "O Governo considera que a Islândia já não
é um país candidato à UE solicitando que [Bruxelas] aja de acordo com esta
intenção daqui para a frente", confirmou o ministério dos Negócios
Estrangeiros islandês num comunicado citado pela agência Bloomberg. Já depois
de rebentar a bolha imobiliária, a Islândia concretizou o pedido de adesão à UE
em 2009, numa decisão tomada pelo então recém-eleito governo social-democrata.
No entanto, já com uma economia em crescente recuperação e perante a crise que
afectou a Zona Euro, o governo conservador eleito em 2013 decidiu agora
interromper o processo de adesão à comunidade europeia. Entre as exigências
feitas pela Europa sobre as quais a Islândia apresentou mais reticências estava
a aplicação de quotas sobre o sector da pesca, um dos mais importantes para o
país. A Euronews recorda mesmo que os islandeses nunca viram com bons olhos a
política de pescas da EU”