“Mesmo com burocracia em excesso, impostos a mais e
apoios a menos, 44% dos empresários continua a preferir Portugal a destinos
'mais promissores' ou regimes 'mais favoráveis' para ter a sede fiscal da sua
empresa. No entanto, Carlos Loureiro, sócios da Deloitte, sublinha a ideia que
"não existe um país que se possa considerar 'perfeito' para ter a sede
fiscal de uma empresa", uma vez que "cada país oferece condições
diferentes às empresas", e exemplifica:" Holanda é muito boa para
Holdings, Luxemburgo é atrativo para o investimento e até a Madeira pode ser
uma boa opção para processos de internacionalização de empresas nacionais".
Mas se tivesse que destacar um país o responsável da Deloitte não tem dúvida de
que "Malta pode ser 'um segredo bem escondido'". O partner
especializado em fiscalidade internacional aponta ainda as razões que tornam
Malta numa opção a considerar: "é um país pequeno, com estruturas baratas,
tem um regime jurídico flexível e claro, uma boa supervisão em termos bancários
que traz segurança às empresas, tem um regime favorável aos trabalhadores e,
por último, não existem retenções na fonte quanto aos pagamentos da empresa ao
exterior" (texto do jornalista do Expresso, João Oliveira, com a devida vénia)