quarta-feira, abril 02, 2014

BPN e o oportunismo habitual: e quando conhecemos a lista e a verdade?

Irrita-me este aproveitamento político, diria mesmo este oportunismo saloio, de algumas personagens do e do CDS que não perderam tempo a tentar explorar as divergências entre  o que disse o "fugitivo" Barroso que depois de 10 anos a encher a pança e a deixar uma Europa que nunca esteve tão no esgoto, prepara o regresso a Portugal e a um tacho qualquer, e o ex-governador do Banco de Portugal e ex-Secretário-Geral do PS, Vitor Constâncio, sobre o BPN.
O que me incomoda é que os que agora tentam apertar o cerco a Constâncio - que obviamente teve culpas neste processo, mas que estão por apurar - não tenham sido tão diligentes e céleres a denunciar a promiscuidade entre banca e política e a divulgar aqueles que foram os mentores das patifarias, da roubalheira e do gamanço que caracteriza este caso do BPN, e a que partidos estão ligados. Estamos a falar de um processo processo que nos custou já mais de 6 mil milhões de euros.
Porque razão o estado,seja o governo,seja a justiça, não divulga a lista dos que ganharam à custa destes negócios negros do BPN e que chularam o banco em questão? Quem foram aqueles que se salvaram a tempo e venderam aplicações ou retiraram depósitos antes do estoiro final? Quem eram os clientes, empresários, políticos e outras personagens, que eram clientes certos do BPN, incluindo da comunicação social? A quem serviu a nacionalização hiper-rápida decidida de um dia para outro por Sócrates e Teixeira dos Santos? Para salvar o dinheiro de quem? De que instituições, públicas e/ou privadas que ali tinham depositado  milhões? Quando nos dão essa lista toda? Quando nos contam a verdade deliberadamente escondida e com a cumplicidade do PSD, PS, CDS e sabe-se lá de quem mais?