Segundo o Jornal I, num texto do jornalista Pedro Rainho, "num dos encontros promovidos por Mário Soares, na Aula Magna, o ex-Presidente da República defendeu a demissão do governo, alertando para a "perda de paciência e pacifismo" que tem vigorado em Portugal. "A violência está à porta", disse o ex-chefe de Estado, abrindo uma grande polémica. Mas a maioria dos portugueses não tem a mesma opinião. 54,2% dos inquiridos discorda ou discorda totalmente de que a violência possa sair às ruas se o chefe de Estado não dissolver a Assembleia da República, dando lugar a eleições antecipadas. Fica-se pelos 30,6% o conjunto de inquiridos que antevê que "o povo se torne progressivamente mais violento (como avisava Soares), caso o governo exerça o seu mandato até 2015.
SOARES PREJUDICA SEGURO
Mas não é só em Belém e São Bento que Mário Soares tem tentado exercer pressão. Dentro do PS as ondas de choque também se fazem sentir, e muitos atribuem a falta de consenso entre socialistas e a maioria, no Verão, aos ultimatos lançados pelo ex-Presidente da República a António José Seguro. E isso tem prejudicado o líder do partido. É o que defende 38,2% dos inquiridos. Em contraponto, apenas 16,1% considera que Soares até tem ajudado Seguro como líder da oposição. Ainda assim, 35% dos portugueses acredita na autonomia do secretário-geral do PS, defendendo que as posições de Soares "não têm ajudado nem prejudicado" o secretário-geral do PS.
GOVERNO FALHA CONSENSO
São muitos os apelos do Presidente da República para um consenso entre o governo e o maior partido da oposição, mas raramente maioria e PS conseguem chegar a acordo. A reforma do IRC é uma excepção e António José Seguro já avisou que "não se pode confundir a parte com o todo" e que existe uma "grande divergência em termos de política global". Uma divergência que foi evidente na discussão do Orçamento do Estado. Apesar de, mais uma vez, Cavaco Silva apelar a consensos, governo e PS não os conseguiram. Mas afinal de quem é a culpa por praticamente não haver entendimentos? A responsabilidade é de "ambos", diz 52,7% dos inquiridos. Mas quase um quarto dos participantes (23,1%) diz que é nos partidos da maioria - aqueles que suportam o governo - que reside a incapacidade para chegar a acordos, mas não fica distante a percentagem de inquiridos que atribuiu ao principal partido da oposição a responsabilidade de ceder (18,5%).
SEGUNDO RESGATE AFASTADO
O diploma da convergência das pensões acaba de ser chumbado e pelo menos o diploma que consagra o corte dos salários na Função Pública no Orçamento do Estado está a dias de ser enviado para o Tribunal Constitucional (TC). A repetir-se a história dos dois últimos anos, o governo será forçado a descobrir um plano B para concluir em Maio o programa de assistência financeira. Mas a ginástica há-de bastar para a libertação do país da alçada dos credores internacionais dentro de menos de cinco meses. É essa a opinião de 46,1% dos inquiridos. O primeiro-ministro já disse que quer fechar o programa "sem perturbações". A expressão pode ser lida como um sinal para os juízes do TC, de onde Passos não quer continuar a receber más notícias. Mas mesmo que as decisões do Constitucional se atravessem no caminho do governo, apenas 30,6% dos inquiridos acredita que isso poderá significar novas negociações com a troika"
SOARES PREJUDICA SEGURO
Mas não é só em Belém e São Bento que Mário Soares tem tentado exercer pressão. Dentro do PS as ondas de choque também se fazem sentir, e muitos atribuem a falta de consenso entre socialistas e a maioria, no Verão, aos ultimatos lançados pelo ex-Presidente da República a António José Seguro. E isso tem prejudicado o líder do partido. É o que defende 38,2% dos inquiridos. Em contraponto, apenas 16,1% considera que Soares até tem ajudado Seguro como líder da oposição. Ainda assim, 35% dos portugueses acredita na autonomia do secretário-geral do PS, defendendo que as posições de Soares "não têm ajudado nem prejudicado" o secretário-geral do PS.
GOVERNO FALHA CONSENSO
São muitos os apelos do Presidente da República para um consenso entre o governo e o maior partido da oposição, mas raramente maioria e PS conseguem chegar a acordo. A reforma do IRC é uma excepção e António José Seguro já avisou que "não se pode confundir a parte com o todo" e que existe uma "grande divergência em termos de política global". Uma divergência que foi evidente na discussão do Orçamento do Estado. Apesar de, mais uma vez, Cavaco Silva apelar a consensos, governo e PS não os conseguiram. Mas afinal de quem é a culpa por praticamente não haver entendimentos? A responsabilidade é de "ambos", diz 52,7% dos inquiridos. Mas quase um quarto dos participantes (23,1%) diz que é nos partidos da maioria - aqueles que suportam o governo - que reside a incapacidade para chegar a acordos, mas não fica distante a percentagem de inquiridos que atribuiu ao principal partido da oposição a responsabilidade de ceder (18,5%).
SEGUNDO RESGATE AFASTADO
O diploma da convergência das pensões acaba de ser chumbado e pelo menos o diploma que consagra o corte dos salários na Função Pública no Orçamento do Estado está a dias de ser enviado para o Tribunal Constitucional (TC). A repetir-se a história dos dois últimos anos, o governo será forçado a descobrir um plano B para concluir em Maio o programa de assistência financeira. Mas a ginástica há-de bastar para a libertação do país da alçada dos credores internacionais dentro de menos de cinco meses. É essa a opinião de 46,1% dos inquiridos. O primeiro-ministro já disse que quer fechar o programa "sem perturbações". A expressão pode ser lida como um sinal para os juízes do TC, de onde Passos não quer continuar a receber más notícias. Mas mesmo que as decisões do Constitucional se atravessem no caminho do governo, apenas 30,6% dos inquiridos acredita que isso poderá significar novas negociações com a troika"