Segundo o Jornal I, num texto da jornalista Margarida Bon de Sousa, o “número
de colaboradores dos governantes aumentou 4,7% desde que o executivo está em
funções
Os gabinetes ministeriais, as associações públicas, cooperativas e
fundações foram, de todos os organismos da administração central, os que mais
contribuíram para o aumento de emprego desde que a coligação do PSD/CDS está no
poder, em contraciclo com todos os restantes serviços e desafiando directamente
as orientações das Finanças. De Dezembro de 2011 a Junho de 2013, os
colaboradores directos dos vários ministros aumentaram 4,7%, correspondendo a
45 novos trabalhadores. Esta variação positiva tem-se vindo a verificar ao
longo do tempo. De Março deste ano a Junho, o aumento foi de 0,9%, e, se
tivermos em conta o período do final de Dezembro de 2012 a Junho, foi de 2,4%.
Naturalmente que estes dados ainda não contemplam a remodelação governamental,
que poderá inflacionar ainda mais esta rubrica Já em associações, cooperativas
e fundações os números são exponencialmente superiores: 33,6%, ou seja, mais 97
trabalhadores, independentemente da promessa do governo de actuar neste sector.
Aqui a tendência também tem sido sempre crescente, com um reforço de 18% entre
Dezembro de 2012 e Junho deste ano. Outra das áreas que escaparam às reduções
de pessoal foi o sector empresarial do Estado e as entidades reclassificadas,
onde o saldo global de entradas e saídas ao longo do ano passado - últimos
dados divulgados - foi de mais 262 pessoas. Uma nota: o saldo global das
entradas e saídas no Ministério da Economia durante a permanência de Álvaro
Santos Pereira foi de cinco pessoas, contra 114 que saíram das Finanças.
MOBILIDADE ESPECIAL
Os números agora conhecidos mostram que não houve uma variação
significativa no número de pessoas colocadas em mobilidade especial. A 30 de
Junho de 2013 havia 1112 pessoas nesta bolsa, muito menos que as 1788
contabilizadas em 2009, ainda durante o governo Sócrates e menos também que as
1176 que existiam no início do exercício deste governo.
REFORMAS
No primeiro e segundo trimestres deste ano, 5644 pessoas reformaram-se
do Estado no total das administrações públicas, a esmagadora maioria das quais
trabalhavam na administração central. Do Estado aposentaram-se 2972 pessoas,
dos serviços e fundos autónomos 1045 e dos fundos da Segurança Social e da
administração central 394. Tal como nas saídas totais (ver peça ao lado), foi o
Ministério da Educação que contribuiu com a maior fatia para o total do número
de reformados, com 1618 funcionários. O ministério tutelado por Nuno Crato foi
igualmente líder na mobilidade e noutras situações: nada mais nada menos que
4124 trabalhadores. Em segundo lugar ficou o da Saúde, com 1276 pessoas, e por
último o da Defesa nacional, com 1078 funcionários. Já na administração
regional e local, o número de novos pensionistas foi de 1160 trabalhadores,
incluindo os fundos de Segurança Social da administração regional”