Poiares Maduro afirma que o atual modelo da RTP gera receios de risco de governamentalização, embora não tenha "provas efetivas", apenas relatos de terceiros.O ministro com a tutela dos media, Miguel Poiares Maduro, abordou a questão da governamentalização da empresa pública para recordar as práticas de outros governos e a eventual interferência política na empresa. Neste cenário, Poiares Maduro admitiu o seu receio de que o atual modelo aumente esse risco. Poiares Maduro, perante os deputados da Comissão de Ética, Cidadania e Comunicação, referiu que "o que o governo fará é assegurar na empresa os pressupostos do Plano de Desenvolvimento e Redimensionamento da RTP". O ministro disse que estão a ser estudadas novas formas de financiamento da RTP, que poderão passar pela criação de parcerias "que ajudem a empresa a crescer"."Isso não significa uma redução do âmbito do serviço público", sublinhou o governante, acrescentando estarem a ser estudadas "outras formas de financiamento que podem passar por parcerias que ajudem a empresa a crescer"."Não é o Estado que tem que ir em socorro de uma empresa sempre que ela não consegue fazer face às suas obrigações através das suas receitas", disse ainda Poiares Maduro durante a primeira ronda da audição parlamentar. Na sua intervenção inicial, o ministro admitiu ainda alterações à lei da televisão de forma a servir o contrato de concessão do serviço público. Também nas próximas semanas, e no âmbito do novo modelo de governação, Poiares Maduro irá visitar os centros regionais do Porto, da Madeira e dos Açores de forma a ouvir "todas as partes interessadas". Questionado pelos deputados da oposição sobre os resultados concretos do grupo de trabalho, Poiares Maduro optou por não avançar com as alternativas que estão a ser ponderadas porque considera que tal "só criará mais ruído".Ainda assim, o ministro considera que o novo modelo de governo da RTP deverá por um lado garantir a independência de pressões políticas, dado"o risco muito grande de governamentalização da empresa" e por outro optar entre ser "um agregador" ou um "produtor de conteúdos". Veja aqui o video da RTP