sábado, maio 25, 2013

Queda do euro faz subir dívida ao FMI em 307 milhões



Escreve o Jornal I que "a desvalorização face ao dólar fez subir valor em dívida. Mas a variação cambial também pode ser favorável a Portugal. A desvalorização do euro face ao dólar fez subir a dívida de Portugal ao Fundo Monetário Internacional (FMI) em 307 milhões de euros. O número é avançado pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) na análise mensal à dívida pública. O relatório citado pela agência Lusa explica que o crédito concedido pelo FMI, uma das instituições que financiou a ajuda a Portugal, é concedido através de direitos de saque especial, compostos por um cabaz de várias divisas que é convertido em euros na altura dos desembolsos. As flutuações cambiais também podem funcionar a favor de Portugal se na altura das amortizações do empréstimo o euro se tiver valorizado face ao dólar. No relatório relativo ao mês de Abril, a UTAO assinala ainda o efeito da extensão do prazo de pagamento dos empréstimos europeus. A decisão tomada pelo Ecofin e Eurogrupo para Portugal e Irlanda irá permitir adiar para depois de 2021 o reembolso de 19,2 mil milhões de euros. O alargamento dos prazos de pagamento em sete anos só vale para o financiamento concedido pelos mecanismos europeus de resgate, que representa dois terços da ajuda total a Portugal. O prolongamento de prazos permite aliviar a pressão sobre as finanças públicas nacionais entre 2016 e 2021, período no qual se concentravam reembolsos de grande dimensão. Ainda assim, assinala a UTAO, só até 2016 Portugal terá de amortizar 47,6 mil milhões de euros em dívida pública de médio e longo prazo. Em Março, Portugal teve de pagar o primeiro cupão de juros ao Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (o fundo de resgate da Comissão Europeia, composto com fundos saídos do orçamento comunitário), no valor de 194 milhões de euros. De acordo com o boletim do IGCP, FMI e entidades europeias detinham em Abril 32% do stock da dívida pública nacional, o que equivalia a 64,5 mil milhões. A ajuda a Portugal é de 78 mil milhões, incluindo o pacote de 12 mil milhões de euros para a banca".