Segundo o Jornal I, “para cada sargento e dois soldados existe um oficial. Os dados foram revelados por um estudo realizado pelo Instituto de Defesa Nacional, que defende uma alteração na estrutura militar, cortes nos gastos e a extinção de algumas estruturas. O relatório está agora nas mãos do ministro da Defesa, José Aguiar Branco, e revela que um manifesto desequilíbrio nas Forças Armadas portuguesas, avança a "Renascença". Números redondos são oito mil oficiais e 12 mil sargentos, para 18 mil soldados, uma proporção a alterar na estrutura militar e que o Instituto da Defesa Nacional quer aprofundar, com cortes nos gastos com a duplicação e até triplicação de estruturas dos ramos. O objectivo é juntar todos os serviços comuns ao Exército, Marinha e Força Aérea, como é o ensino, a saúde, o apoio social e as compras. Quanto a extinções, o relatório sugere o fim da Brigada Mecanizada, que passa a centro de treino, e da Polícia Judiciária Militar. Nas infra-estruturas, terá de haver cortes e a Marinha pode mesmo ter de abandonar as instalações na Ribeira das Naus e o Terreiro do Paço. O ministro da defesa irá agora analisar estas indicações, já que grande parte consta do documento de trabalho revelado com as reformas previstas. José Aguiar Branco quer primeiro aprovar o Conceito Estratégico da Defesa Nacional e logo de seguida avançar com as reformas, apesar da contestação que está a provocar entre grupos de militares. Recorde-se que, para sexta-feira, está marcado um jantar de oficiais para debater as alterações, em que vão participar ex-chefes militares, muito críticos às mudanças”.