O que me repugna é esta "normalidade" patética com que um incompetente e impreparado ministro das finanças - cada vez mais um "bluff" - altera os cenários macro económicos elaborados com base em previsões do governo que estavam viciadas desde a origem. Aliás as previsões deste governo e deste ministro das finanças estão sempre viciadas, são falsas porque nada têm a ver com a realidade, são manipuladas para que através dessas falsidades sejam fundamentadas as decisões do governo. E tudo isto com a cumplicidade e o conhecimento da troika. E os discursos mudam, contradizem-se, hoje dizem uma coisa que ontem desmentiram e amanhã alteram de novo e nem uma palavra aos portugueses em nome de quem falam, por tudo e por nada, quando hoje já nem sei se representam sequer 10% dos cidadãos.
Para este governo doentio e asqueroso o que importa é a credibilidade dos mercados e chupar os bolsos dos portugueses até ao tutano, para reunir o dinheiro necessário ao pagamento de milhares de milhões de euros em juros. Alegadamente - é essa a ladainha idiota do governo de coligação e do PSD e CDS - ganhamos a credibilidade (?) junto dos mercados, dos capitalistas, da banca dos "amigalhaços" da onça que temos ao virar das esquinas por essa Europa fora. Mas este governo ilegítimo, mentiroso e ladrão há muito que perdeu a respeitabilidade e o apoio dos portugueses. Num país salutar, numa democracia adulta e com um povo e um país dignos, este ministro das finanças já era. Perante tamanha incompetência há muito que tinha sido obrigado a remeter-se à sua insignificância, deixando de viver à custa de uma falsa imagem de competência, rigor e experiência que não tem, porque na realidade não passa de um tecnocrata de gabinete, habituado a saltar de gabinete em gabinete, deste para aquele banco, aqui e acolá com um portátil debaixo do braço e especializado em folhas excel que nunca correspondem depois aos factos. Uma vergonha que retira respeitabilidade e seriedade (se é que isso alguma vez lhes interessou) a este governo.
E qual o legado desta política? Mais pobreza, mais exclusão social, mais falências, mais desempregados, mais endividamento das famílias, mais criminalidade, mais emigração, mais jovens em situações dramáticas, mais crise na educação , mais abandonos no ensino superior, acesso degradado e desigual à saúde, etc. Por isso, chegamos a um ponto em que ou as coisas se resolvem a bem ou...não! (LFM)