Segundo o Dinheiro Vivo, “o primeiro-ministro afirmou hoje que ainda não estão definidas as áreas onde o Governo irá cortar os quatro mil milhões de euros, mas explicou que a decisão será tomada até fevereiro do ano que vem. Para esse esforço, Passos volta a apelar à ajuda do PS porque "são cortes permanentes" que não deverão ser repostos quando o Governo mudar. Passos lembrou que "hoje sabemos que necessitamos de fazer um corte na despesa pública de cerca de quatro mil milhões de euros", algo que não estava previsto inicialmente e que para que o projeto tenha sustentabilidade necessita de um debate que una os partidos. Como explicou, o Governo já efectuou um corte na despesa do Estado de 15 mil milhões de euros, que foi conseguido desde 2011. Apesar de tudo, lembra que os gastos do Estado não são sustentáveis e que por isso é preciso "ir mais longe". "E só é possível mexendo na estrutura do Estado", afirmou. Em relação à origem dos cortes, Passos lembra que "nada está decidido à partida, tirando o compromisso de conseguirmos até Fevereiro descriminar medidas que somem" os quatro mil milhões de euros. O esforço de poupança será "organizado entre o próximo e o sétimo exame que, tem lugar em Fevereiro”. O seja é já na segunda-feira que vem que o Estado vai começar a pensar nos cortes.
A visita de Merkel
Se os países da Europa não tivessem ajudado Portugal, o País estaria a braços com dificuldades ainda maiores, disse hoje Passos Coelho a propósito da vinda de Angela Merkel a Portugal. O primeiro-ministro afirmou que não entende "esta ideia de que não queremos a senhora Merkel em Portugal" e lembrou que a Europa precisa de se unir para poder enfrentar a crise e voltar a crescer. Segundo disse, à margem de uma cerimónia da Academia Militar, "espero que a senhora Merkel e outros chefes de Estado sejam sempre bem-vindos a Portugal". "A razão porque Portugal precisa de aumentar medidas implementadas não resulta de nenhuma política da senhora Merkel", afirmou o primeiro-ministro, que acrescentou que "os objetivos que temos na Europa são partilhados". O primeiro-ministro falava da visita de Angela Merkel a Portugal, na próxima segunda-feira, no dia em que foi escrita uma carta aberta contra a vinda da chanceler”.