sábado, setembro 01, 2012

UTAO: Défice da Parque Escolar e Metro do Porto já ultrapassou meta para 2012

Escreve o Dinheiro Vivo que "as empresas Parque Escolar e Metro do Porto já tinham no final de julho um défice superior ao previsto para todo o ano, alerta a UTAO, frisando ainda que as contas das sociedades veículo do BPN continuam sem aparecer. Numa análise a que a Agência Lusa teve acesso da Unidade Técnica de Apoio Orçamental sobre a execução orçamental dos primeiros sete meses do ano, os técnicos independentes que funcionam na dependência da Assembleia da República calculam também que o défice das Entidades Públicas Reclassificadas (EPR, que voltaram a ser incluídas no défice) já teria consumido cerca de dois terços do projetado para a totalidade do ano, quando ainda faltam cinco meses para acabar o ano. As contas são feitas “procedendo-se a um ajustamento da despesa com juros em termos duodecimais”. Após estas contas, a UTAO faz questão de sublinhar os exemplos das empresas Metro do Porto e Parque Escolar que já superaram o previsto para o conjunto do ano, e por outro lado o caso da RTP que tem um excedente superior ao previsto. No caso do BPN, o alerta já é antigo e a situação continua a repetir-se mês após mês. As sociedades veículo para a reestruturação do BPN (que assumiram os ativos tóxicos do banco e mais recentes os créditos que o BIC não quis no âmbito do processo de compra do banco nacionalizado em 2009) continuam sem apresentar contas e assim prejudicam a capacidade de se calcularem estimativas para os números do défice. A UTAO sublinha também que a despesa com ativos financeiros aumentou em julho devido a empréstimos às EPR, tendo até julho o esforço financeiro realizado pelo Estado através de empréstimos de médio e longo prazo a estas entidades aos 1.701 milhões de euros. Só em julho, o Estado concedeu empréstimos na ordem dos 338 milhões de euros, com destaque para o Metropolitano de Lisboa (224 milhões de euros) e para a Estradas de Portugal (114 milhões de euros), relembrando ainda a unidade que a dotação orçamental para estes empréstimos foi reforçada no âmbito do orçamento retificativo em 357 milhões de euros, para que fossem pagos empréstimos destas empresas aos bancos.

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