sábado, setembro 01, 2012

Administração da RTP demite-se, Governo aceita

Li na TVI que "o Conselho de Administração da RTP demitiu-se. O pedido de demissão foi apresentado ao Governo, numa reunião com o ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares e foi aceite. Miguel Relvas chegou de uma visita a Timor-Leste e convocou a administração da estação pública para uma reunião. Depois, num comunicado de apenas três linhas, o gabinete de Miguel Relvas informou que «o Conselho de Administração da RTP S.A apresentou hoje o pedido de demissão de funções ao Governo, numa reunião com o Ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, pedido esse que foi aceite».
Relvas diz que houve «falta de solidariedade»
Esta decisão da admnistração da RTP ocorre numa altura em que estão abertas hostilidades entre a estação pública e o Governo, a propósito do modelo de concessão da RTP1 a privados e a extinção da RTP2. A administração estava contra este modelo e divulgou um comunicado a assumi-lo. Ao que a TVI apurou, Miguel Relvas disse que a divulgação desse comunicado foi uma «falta de solidariedade» por parte dos administradores e, por isso, aceitou o pedido de demissão. O
PS exige esclarecimentos tanto por parte da administração demissionária como do Governo. O ex-ministro socialista Jorge Amado entende que Governo e PS devem evitar «fraturas» quanto ao futuro da estação. O BE desafiou Relvas a «assumir claramente» o seu «plano» para a RTP.
Rota de colisão sobre futuro da RTP
Esta semana, foi noticiado que a estação pública prevê que sejam necessários
80 milhões de euros vindos do Orçamento do Estado para 2013, caso não se cumpra o plano de sustentabilidade financeira aprovado pelo Governo. A empresa inscreveu esse valor no documento que entregou às Finanças, devido à incerteza sobre o futuro do serviço público e devido ao facto de o Governo ainda não ter cumprido com o acordado no plano que prevê, entre outras medidas, o fecho de um canal e a autonomização da RTP Madeira e Açores - e não este modelo de concessão e extinção anunciado por António Borges numa entrevista à TVI. À Direção-geral do Orçamento, a RTP explicou que, se tudo for cumprido, os custos para 2013 podem atingir os 180 milhões de euros, o que significa que não seria necessário dinheiro do Orçamento do Estado, ficando a bastar a taxa do audiovisual e as receitas publicitárias. Fonte ligada ao processo garantiu ontem à TVI que o ministério de Miguel Relvas foi apanhado de surpresa com este valor orçamentado".

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