sábado, março 03, 2012

Alemanha quer comissário para a reconstrução nos países resgatados

Segundo o Publico, "a União Europeia (UE) deveria nomear um comissário especial para assegurar a implementação das reformas nos países da zona euro debaixo dos programas de auxílio, defendeu hoje o ministro da Economia alemão, Philipp Roesler. “O meu desejo era que a Comissão Europeia nomeasse um comissário para a Reconstrução”, disse Roesler, numa entrevista que o jornal económico Handelslbatt hoje publica. “O comissário para a Reconstrução teria, sobretudo, a responsabilidade de estimular o crescimento e aplicar o processo de reformas nos países que necessitam de ajuda comunitária”, acrescentou o ministro. Roesler, que disse ainda não perceber “porque é que a Grécia se opõe” a esse plano, sugeriu ainda a atribuição da pasta da Reconstrução a um dos comissários europeus já em funções. A Alemanha propôs recentemente a nomeação de um comissário europeu com a missão específica de vigiar as contas públicas da Grécia, mas a proposta foi rejeitada pela maioria dos 17 países da zona euro, incluindo pela própria Grécia, que a considerou uma invasão da sua soberania.

Elites gregas “não querem perder os seus privilégios”

“Algumas vezes, tenho a impressão de que o povo grego está totalmente consciente dos sacrifícios que lhes são pedidos, mas que as elites na Grécia não querem perder os seus privilégios”, disse ainda o ministro da Economia alemão, na mesma entrevista. Roelser disse também estar “desapontado” pelo que considerou ser a aparente relutância grega em aceitar as ofertas de auxílio da Alemanha. “É cada vez mais importante que a Grécia esteja disponível para cooperar melhor”, afirmou. O presidente do Eurogrupo, o luxemburguês Jean-Claude Juncker, declarou ontem que a Grécia cumpriu as condições pedidas para receber um novo resgate financeiro. “A Grécia implementou todas as medidas pedidas, as coisas estão a progredir bem”, declarou Juncker em Bruxelas no final de uma reunião dos ministros das Finanças da zona euro, momentos antes do arranque do Conselho Europeu”.

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