sábado, fevereiro 11, 2012

Presidente alemão contra “flexibilização prematura” do resgate português

Li no Económico que "Christian Wulff diz que é preciso estabilidade na aplicação dos planos de austeridade. O chefe de Estado alemão discorda de uma flexibilização dos programas de assistência aos países resgatados pela 'troika', como Portugal. No final da reunião de Arraiolos, em Helsínquia, Christian Wulff foi taxativo ao dizer que a "flexibilização prematura mina confiança dos mercados" e que há que ser "rigoroso" a exigir o cumprimento das condições acordadas. Wulff, um dos oito presidentes europeus presentes no encontro informal na capital finlandesa, disse ainda que "há espaço para adaptações, mas não numa fase muito inicial". A renegociação do prazo do acordo com a 'troika' tem sido defendida pelo líder da oposição, António José Seguro, uma posição não seguida pelo Governo português. "Uma flexibilização do programa português não está na mesa nem é procurada”, disse o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, no final do último Eurogrupo, depois de ser tornada pública uma conversa privada com o seu homólogo alemão. Wolfgang Schauble sugeriu que Berlim estava disponível para ajustar o programa de ajuda a Portugal, mal seja resolvido o caso grego - uma declaração corrigida entretanto, pelo próprio Schauble, que esclareceu que qualquer flexibilização seria sempre no final do programa, em 2013, se Portugal tivesse problemas no acesso aos mercados. O Presidente da República, ao lado dos seus homólogos europeus, reiterou que Portugal está a "cumprir totalmente o programa acordado com a UE e FMI" e destacou não só o esforço de consolidação orçamental como as reformas estruturais em curso. Durante a reunião, que hoje termina, Cavaco Silva disse que tinha explicado aos seus colegas a importância do acordo de concertação social, que diz ser um importante "contributo para melhorar o ambiente social" em Portugal enquanto se exige ao Governo "medidas duras". O Presidente frisa que o País está a fazer o seu "trabalho" e espera agora que a União Europeia avance com uma "estratégia para o crescimento e emprego" na Cimeira de Março".

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