sexta-feira, fevereiro 03, 2012

Açores: César contra redução de freguesias e fala de especiais dificuldades das empresas de construção civil

Li no Correio dos Açores que "o presidente do Governo dos Açores defendeu a ideia de que “as freguesias constituem verdadeiras infra-estruturas de democracia”, manifestando-se contra a intenção de extinguir muitas delas.Carlos César precisou que “já temos a nossa democracia participativa tão debilitada que destruir estes níveis de participação – onde milhares de cidadãos prestam o seu contributo para o desenvolvimento local, onde deixam ideias, aspirações, críticas e protestos e onde se mobilizam vontades locais, destruir esse ambiente de participação democrática não é bom para a nossa vivência cívica.”Sublinhando que, portanto, “não há, em tese, freguesias a mais” – quando muito pode haver, como admitiu, “remunerações a mais nos gestores das freguesias” – advogou que a questão “deveria ser pensada mais nessa óptica do que na destruição das freguesias e do edifício participativo que elas representam.”O presidente do governo explicou que, sendo o objectivo o de poupar, “há remunerações do presidente da junta, do secretário e senhas de presença que podem ser dispensáveis”, até porque, como acrescentou, não acredita que as pessoas estejam nos órgãos decisores das freguesias para receberem a remuneração correspondente, a qual, embora, “poupada em todas as freguesias, já representa alguma coisa que pode ser reinvestida nas localidades e nas freguesias.”Carlos César falava à margem da cerimónia, a que presidiu, da inauguração da requalificação da Rua Direita do Ramalho e respectivos acessos.

Especiais dificuldades das empresas de construção

Na cerimónia o presidente do governo referiu-se aos mais de mil quilómetros de estradas construídos ou reabilitados desde 1996 para dizer que, a partir do próximo ano, se entrará na fase da manutenção da rede viária.“Isto acontece porque está concluído o essencial de construção de novas estradas e estão efectuadas, na maioria dos casos, as grandes remodelações que envolvem obras de grande significado”, precisou. Para o chefe do executivo, a partir de 2013 “não se perde dinheiro de investimento, ganha-se, sim, disponibilidades para investirmos noutros compromissos e noutras áreas da economia e do desenvolvimento social.” Assim – e numa fase em que “as empresas de construção civil têm especiais dificuldades e têm de construir o seu ajustamento aos novos paradigmas de investimento e ao plano de médio prazo de investimentos do próprio Governo – Carlos César frisa ser importante ter a percepção de que “investimento em menos estradas não quer dizer menos investimento".

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